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Correia, S.B. (2023). Centros e periferias do género: percursos profissionais de artistas visuais portuguesas. XII Congresso Português de Sociologia: “Sociedades polarizadas? Desafios para a Sociologia”.
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S. A. Correia,  "Centros e periferias do género: percursos profissionais de artistas visuais portuguesas", in XII Congr.o Português de Sociologia: “Sociedades polarizadas? Desafios para a Sociologia”, 2023
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	title = "Centros e periferias do género: percursos profissionais de artistas visuais portuguesas",
	year = "2023"
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TY  - CPAPER
TI  - Centros e periferias do género: percursos profissionais de artistas visuais portuguesas
T2  - XII Congresso Português de Sociologia: “Sociedades polarizadas? Desafios para a Sociologia”
AU  - Correia, S.B.
PY  - 2023
AB  - A presente comunicação decorre da  pesquisa em curso que procura compreender qual é o papel do género na composição do campo artístico português e nas possibilidades e limites ao sucesso dos percursos profissionais das mulheres e homens artistas .
O campo das artes visuais contemporâneas é sensível ao género na medida em que determina as posições ocupadas pelos artistas  em termos de visibilidade e reconhecimento. As artistas têm experienciado lugares periféricos o que poderá implicar maiores dificuldades no desenvolvimento das suas carreiras. (Vicente, 2005, 2012).
Com o objectivo de retratar panoramicamente a participação das artistas no campo artístico, foram recolhidos e analisados números , entre 2012 e 2019, que apontaram para a persistência de desigualdades de género no acesso à profissão de artista. Não ultrapassando o enigmático plateau de um terço de representatividade no total das exposições, as mulheres não estão ainda a ocupar posições de exposição, reconhecimento e legitimação no campo artístico semelhantes às dos homens, sugerindo  que elas poderão enfrentar maiores obstáculos na persecução de trajectórias profissionais bem-sucedidas.  
No seguimento  da investigação, foram mapeados, usando entrevistas semi-directivas, os percursos biográficos de 43 mulheres artistas com idades compreendidas entre os 23 e os 79 anos. Procuraram-se marcos nas trajectórias educativas e profissionais e  a relevância que é atribuída ao género nesses eventos . A desafiante conciliação da vida profissional, familiar e pessoal, a masculinização das instâncias artísticas, as práticas culturais e sociais que privilegiam os homens, a pequena dimensão do mercado de arte português e a precariedade laboral são relatados pelas artistas, como alguns dos entraves que associam aos seus percursos, enquanto mulheres que trabalham no campo artístico.
A comunicação apresentará para além da estratégia metodológica usada, as conclusões a que a comparação dos testemunhos recolhidos, permitiu chegar.  Os resultados aninham-se entre as “impossibilidades do passado” (Silva & Leandro, 2013) que ainda atiram as mulheres artistas para as periferias do campo artístico, e uma nova ordem e ambiente sociais, que mais recentemente, anima as estruturas artísticas e a agência das mulheres e coloca as artistas mais perto do tão desejado centro.

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