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Henriques, J. & Botelho, M.C. (2023). Coesão social europeia e desigualdades sociais. XII Congresso Português de Sociologia.
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J. P. Henriques and M. D. Botelho,  "Coesão social europeia e desigualdades sociais", in XII Congr.o Português de Sociologia, Coimbra, 2023
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TY  - CPAPER
TI  - Coesão social europeia e desigualdades sociais
T2  - XII Congresso Português de Sociologia
AU  - Henriques, J.
AU  - Botelho, M.C.
PY  - 2023
CY  - Coimbra
UR  - https://eu-central-1.linodeobjects.com/evt4-media/documents/Book_of_Abstracts_10Abr.pdf
AB  - Pretende-se apresentar os resultados preliminares de um estudo cujo principal objetivo é avaliar o
nível de coesão social europeia (CSE), a partir da perspectiva dos cidadãos da União Europeia (UE).
Com base nos debates teóricos contemporâneos sobre coesão social, e através duma metodologia
quantitativa, com dados do inquérito Eurobarómetro de 2019, a CSE é operacionalizada em oito indicadores representativos de quatro dimensões: relações horizontais (cidadão-cidadão), relações verticais (cidadão-instituições europeias), pertença e identidade, e práticas transnacionais individuais (viajar, viver, estudar, trabalhar noutro país da UE, entre outros).
Para compreender possíveis factores de CSE são testadas as relações entre os indicadores de CSE e a estrutura de desigualdades, tais como grupos socioeconómicos, privação monetária, privação material, faixas etárias, género, entre outros. A importância relativa das desigualdades sociais como factor de CSE também é testada através da comparação com a grandeza das relações de outros factores de CSE, em concreto o bem-estar subjetivo, coesão social nacional, valores, e representações da UE.
Apesar de todos os factores apresentarem relação com as quatro dimensões da CSE, os resultados
apontam para que a estrutura das desigualdades tenha maior relação com aspectos objectivos, as
práticas transnacionais. Dentro das práticas transnacionais a correlação é maior com as práticas transfronteiriças não integrativas, que excluem estudar, viver ou trabalhar noutro país, as últimas denominadas de práticas integrativas. Comparativamente aos outros factores, as desigualdades sociais têm menor relação com aspectos subjectivos, tais como a aceitação e o reconhecimento de outros cidadãos da UE puderem viver e trabalhar noutros países da UE, e no grau de confiança e legitimidade nas instituições europeias. Os resultados demonstram robustez substantiva, no sentido em que são transversais a três níveis de análise, o transnacional, entre países, e dentro dos países.
ER  -