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Carvalho da Silva, V. (2023). Quem tem ficado de fora? Das formas de capital à génese das disposições dos adultos pouco escolarizados que não retomaram a educação formal . XII Congresso Português de Sociologia .
V. P. Silva, "Quem tem ficado de fora? Das formas de capital à génese das disposições dos adultos pouco escolarizados que não retomaram a educação formal ", in XII Congr.o Português de Sociologia , Coimbra, 2023
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TY - CPAPER TI - Quem tem ficado de fora? Das formas de capital à génese das disposições dos adultos pouco escolarizados que não retomaram a educação formal T2 - XII Congresso Português de Sociologia AU - Carvalho da Silva, V. PY - 2023 CY - Coimbra UR - https://xii-congresso-aps.eventqualia.net/pt/2023/inicio/ AB - Caracterizadas pela sua metamorfose (Beck, 2017), e pela crescente inovação tecnológica (Elliot, 2019), as sociedades contemporâneas têm-se estruturado em torno da informação, do conhecimento e da revolução digital, refletindo-se em contextos de múltiplas oportunidades e de riscos (económicos a educativos), quer para os indivíduos, quer para as instituições. Sob a égide de uma necessidade constante de adaptação, apenas possível através de uma aprendizagem que acontece ao longo da vida e dos seus múltiplos contextos, a educação foi-se tornando num recurso-chave para uma integração plena nestas sociedades (Costa, 2012). No entanto, num contexto de generalização da educação e aprendizagem ao longo da vida (EALV), o nível de escolaridade da população passou a ser, tal como outros recursos, reflexo e medida de novas desigualdades sociais (Enguita, 2007; Costa, Machado e Ávila, 2008; Alves, 2010). Nacionalmente, estas desigualdades sociais têm-se feito sentir, por um lado na existência de uma percentagem significativa (42%) da população adulta que tem permanecido pouco escolarizada e que não se tem envolvido em processos de educação formal (Carvalho da Silva e Ávila, 2022), apesar das políticas nacionais de educação e formação de adultos dos últimos 20 anos; e por outro, na confirmação da presença de um efeito Mateus na participação dos adultos em atividades de EALV (Aníbal e Ávila, 2019; Alves 2010), significando que são os menos qualificados aqueles que menos têm acedido e se têm envolvido nessas atividades, ficando, assim, à margem da sociedade educativa. Esta proposta de comunicação, resulta de um projeto de investigação que pretende contribuir para alargamento do conhecimento sobre a população portuguesa pouco escolarizada que tem permanecido fora da educação formal. Procura-se, simultaneamente, concorrer para a adequação das políticas públicas a uma realidade que, almejando o esbatimento das desigualdades sociais, não se compagina com um modelo de tamanho único das ofertas e modalidades de educação e formação de adultos. Orientado por uma abordagem metodológica de métodos mistos, os resultados da componente quantitativa deram conta da existência de três perfis distintos destes adultos, atendendo às suas características sociodemográficas, e alumiaram a seleção dos entrevistados no terreno. Realizaram-se, assim, 21 entrevistas de cariz biográfico, cujos resultados, num primeiro momento, ilustraram e confirmaram a diversidade destes perfis. Num segundo momento, e através da análise das condições objetivas de existência e das origens sociais destes indivíduos -consideradas como a génese das combinações individuais de disposições para agir e das crenças -, contribuíram para a identificação de diferentes estruturas de capital (cultural, social e económico), que permitiram apreender o seu impacto na relação deste segmento da população portuguesa com a EALV. ER -