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Marques, E. M. (2023). Autores locais, história aplicada e os seus usos operários na Marinha Grande, secs XX-XXI. I Congresso de História Pública em Portugal IN2PAST (CESEM, CHAIA, CRIA, HERCULES, IHA, IHC and LAB2PT).
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E. M. Marques,  "Autores locais, história aplicada e os seus usos operários na Marinha Grande, secs XX-XXI", in I Congr.o de História Pública em Portugal IN2PAST (CESEM, CHAIA, CRIA, HERCULES, IHA, IHC and LAB2PT), 2023
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TY  - CPAPER
TI  - Autores locais, história aplicada e os seus usos operários na Marinha Grande, secs XX-XXI
T2  - I Congresso de História Pública em Portugal IN2PAST (CESEM, CHAIA, CRIA, HERCULES, IHA, IHC and LAB2PT)
AU  - Marques, E. M.
PY  - 2023
UR  - https://ihc.fcsh.unl.pt/events/historia-publica-portugal/
AB  - Na Marinha Grande, os discursos dominantes de identidade local fundam-se na história: na ação humana ao longo do tempo. Os laços cruciais entre o desenvolvimento da localidade e a implantação setecentista da indústria vidreira, bem como a presença direta, multissecular, do poder central na povoação, sobretudo através das administrações florestais e da principal fábrica de vidros, propriedade pública desde 1827, concorrem para instalar a datação, a narração, o acontecimento, a conjuntura, a periodização nos modos locais de pensar a Marinha Grande e os marinhenses, acrescendo a relevância do passado e os usos da história em circunstâncias de crise e conflito social.

Pode assim dizer-se que, desde o início do século XX, uma variedade de autores locais tem desenvolvido naquele contexto uma história aplicada, sobre a qual se debruça esta comunicação.

Num primeiro momento, foco dois daqueles autores, um jornalista e um engenheiro e gestor fabril cujas publicações de índole historiográfica vêm a lume entre 1921 e 1979, analisando instâncias de contradição e ambiguidade nas apropriações operárias do seu trabalho em ocasiões críticas para a indústria vidreira e os vidreiros.

Incido depois num terceiro autor, vidreiro e ativista político que, por meados dos anos 1980, dá à estampa compilações de dados – sobretudo biográficos – em torno da história local, trazendo a estes processos uma nova autoria operária. Esta vai também expressar-se, muito recentemente (2019 e 2022), em iniciativas sindicais que conduziram a uma exposição e uma publicação sobre a revolta de 18 de janeiro de 1934 (ela própria acontecimento exemplar das lutas de memória e dos usos conflituais da história, na Marinha Grande e fora dela).

Estes exemplos permitem interrogar, de modo situado e concreto, a plena inserção e o papel relevante, nos processos sociais, das dinâmicas – públicas – de uso e contestação da narrativa historiográfica.
ER  -