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Oliveira, C., Albuquerque, L., Hämäläinen, A., Pinto, F., Dias, J., Júdice, A....Teixeira, A. (2013). Tecnologias de fala para pessoas idosas. In António Teixeira, Alexandra Queirós e Nelson Pacheco da Rocha (Ed.), Laboratório vivo de usabilidade. (pp. 167-181).: ARC Publishing.
Exportar Referência (IEEE)
C. Oliveira et al.,  "Tecnologias de fala para pessoas idosas", in Laboratório vivo de usabilidade, António Teixeira, Alexandra Queirós e Nelson Pacheco da Rocha, Ed., ARC Publishing, 2013, pp. 167-181
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@incollection{oliveira2013_1732211520138,
	author = "Oliveira, C. and Albuquerque, L. and Hämäläinen, A. and Pinto, F. and Dias, J. and Júdice, A. and Freitas, J. and Pires, C. and Teixeira, V. and Calado, A. and Braga, D. and Teixeira, A.",
	title = "Tecnologias de fala para pessoas idosas",
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	booktitle = "Laboratório vivo de usabilidade",
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	pages = "167-167",
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	url = "https://arc-publishing.org/assets/files/Laboratorio_Vivo_Usabilidade_Out2013.pdf"
}
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TY  - CHAP
TI  - Tecnologias de fala para pessoas idosas
T2  - Laboratório vivo de usabilidade
AU  - Oliveira, C.
AU  - Albuquerque, L.
AU  - Hämäläinen, A.
AU  - Pinto, F.
AU  - Dias, J.
AU  - Júdice, A.
AU  - Freitas, J.
AU  - Pires, C.
AU  - Teixeira, V.
AU  - Calado, A.
AU  - Braga, D.
AU  - Teixeira, A.
PY  - 2013
SP  - 167-181
SN  - 2182-5432
UR  - https://arc-publishing.org/assets/files/Laboratorio_Vivo_Usabilidade_Out2013.pdf
AB  - O envelhecimento é um processo tão natural 
quanto complexo que implica várias alterações fisiológicas, cognitivas, psicológicas 
e até sociais. Também a voz vai sofrendo 
modificações com a idade e, embora as mais 
significativas aconteçam durante a puberdade, são também observáveis várias alterações na passagem da idade adulta para a 
terceira idade. 
Com o decorrer dos anos, fruto das alterações verificadas nas estruturas que participam na produção de fala, mais especificamente nos sistemas respiratório, fonatório 
(ou laríngeo) e articulatório [1], a qualidade 
vocal do indivíduo altera-se. Os efeitos das 
modificações anatomofisiológicas do aparelho fonador fazem sentir-se, essencialmente, 
na diminuição da taxa de elocução, no 
aumento das pausas e variações dos parâmetros acústicos (e.g. frequência fundamental). 
Todas estas modificações são uma consequência natural do envelhecimento humano 
e não devem ser confundidas com perturbações vocais de causa patológica.
As variações da voz relacionadas com a 
idade têm sido amplamente estudadas desde 
os anos 60. Alguns estudos têm como propósito a análise dos correlatos acústicos da 
idade e a identificação dos aspetos do sinal 
de fala mais afetados pelo envelhecimento, 
enquanto outros se focam essencialmente 
em questões percetivas, mais concretamente 
Tecnologias de Fala para 
Pessoas Idosas
Capítulo 12
Catarina Oliveira1,2, Luciana Albuquerque6
, Annika Hämäläinen3
, Fernando Miguel 
Pinto3
, Miguel Sales Dias3
, Ana Júdice3
, João Freitas3
, Carlos Galinho Pires3
, Vítor Duarte 
Teixeira3
, António Calado3,5, Daniela Braga4
, António Teixeira2,5
1
Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro, Universidade de Aveiro, Aveiro, Portugal. 
2
Instituto de Engenharia Eletrónica e Telemática de Aveiro, Universidade de Aveiro, Aveiro, Portugal.
3
Microsoft Language Development Center, Lisboa, Portugal.
4
Microsoft Corporation, Bellevue, WA, Estados Unidos da América.
5
Departamento de Eletrónica, Telecomunicações e Informática, Universidade de Aveiro, Aveiro, Portugal.
6
Mestrado em Ciências da Fala e da Audição, Universidade de Aveiro, Aveiro, Portugal.
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LABORATÓRIO VIVO DE USABILIDADE
nos mecanismos que presidem à identificação da idade de um indivíduo, com base na 
sua voz. 
Não obstante as diferenças consideráveis em relação aos métodos e amostras de 
fala utilizadas, o que dificulta a comparação entre os estudos, os resultados dos testes de perceção sugerem uma taxa de acerto 
relativamente elevada no que toca ao reconhecimento da idade através da voz [2]. Os 
julgamentos são, no entanto, afetados por 
vários fatores, relacionados com o falante 
(e.g. género, idade), o ouvinte (e.g. género, 
idade, dialeto), a amostra de fala (e.g. duração dos estímulos) ou a tarefa (e.g. número 
de estímulos e repetições) [2]. Aparentemente, os ouvintes apoiam os seus julgamentos em diferentes pistas acústicas, como 
a frequência fundamental, a taxa de elocução ou a frequência dos formantes, embora 
a relação entre estes parâmetros, bem como 
a sua potencial contribuição para o reconhecimento da idade permaneça por esclarecer. 
Embora o número de pessoas idosas 
que utiliza os computadores esteja a crescer, investigações prévias sugerem que esta 
população tem mais dificuldades no uso da 
tecnologia [3, 4]. Para o facto, contribuem 
a complexidade das interfaces existentes e o 
conjunto limitado de modalidades de interação disponíveis. A voz é, sem dúvida, a 
forma mais natural de interação humano-
-computador [5], contudo, quando se trata 
de fala de pessoas idosas, os atuais sistemas 
de síntese e reconhecimento de fala apresentam limitações de desempenho [6]. Só um 
conhecimento mais aprofundado da forma 
como a fala varia com a idade possibilitará o 
desenvolvimento de tecnologias de fala mais 
adaptadas ao utilizador final, seja ele uma 
criança ou uma pessoa idosa.
Face ao exposto, este capítulo tem como 
primeiro objetivo descrever as alterações 
anatomofisiológicas do aparelho fonador, 
decorrentes do envelhecimento, e consequentes modificações nos parâmetros 
acústicos, que contribuem para mudanças 
na qualidade vocal dos indivíduos. De um 
modo geral, os efeitos do envelhecimento 
vocal são mais marcados nos homens do que 
nas mulheres, pelo que ao longo deste capítulo chamaremos a atenção para as diferenças entre os dois géneros no que ao envelhecimento dos órgãos da fala diz respeito. 
Na segunda parte do capítulo, daremos 
conta dos esforços efetuados pelo Microsoft 
Language Development Center, o centro de 
investigação e desenvolvimento da Microsoft Portugal, ao longo de dois anos (2010-
2012), no sentido de criar uma base de dados 
de fala de pessoas idosas suficientemente 
extensa para permitir o treino de modelos 
acústicos e o consequente desenvolvimento 
de tecnologias de reconhecimento da fala de 
pessoas idosas. Esta iniciativa, desenvolvida 
no âmbito do Living Usability Lab (LUL), 
está em linha com outros projetos recentes 
para recolher corpora de fala de pessoas idosas, tais como o JASMIN-CGN [7] para o 
holandês e flamengo, ou o S-JNAS [8], para 
o japonês.
Neste capítulo, serão descritos os procedimentos adotados na seleção dos falantes e 
do corpus, recolha dos dados, transcrição e 
anotação dos mesmos. 
Dando seguimento ao propósito principal, estão neste momento a ser treinados e 
testados pelo Microsoft Language Development Center modelos acústicos específicos 
para as pessoas idosas, que serão usados no 
protótipo do Living Home Center [9] e noutras aplicações controladas por voz destinadas a este público-alvo.

ER  -