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Saldanha, José Luís Possolo de (2023). O Arquivo dos Portos de Lisboa, Setúbal e Sesimbra, e o arquitecto Paulo Henrique de Carvalho e Cunha (1909-1995). 5º Encontro “Cidades, Arquitetura e Arquivos no Contexto Ibero-Americano.
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J. L. Saldanha,  "O Arquivo dos Portos de Lisboa, Setúbal e Sesimbra, e o arquitecto Paulo Henrique de Carvalho e Cunha (1909-1995)", in 5º Encontro “Cidades, Arquitetura e Arquivos no Contexto Ibero-Americano, Loulé, 2023
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	author = "Saldanha, José Luís Possolo de",
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TY  - CPAPER
TI  - O Arquivo dos Portos de Lisboa, Setúbal e Sesimbra, e o arquitecto Paulo Henrique de Carvalho e Cunha (1909-1995)
T2  - 5º Encontro “Cidades, Arquitetura e Arquivos no Contexto Ibero-Americano
AU  - Saldanha, José Luís Possolo de
PY  - 2023
CY  - Loulé
UR  - https://www.cm-loule.pt/pt/menu/3824/5-encontro-cidades-arquitetura-e-arquivos-no-contexto-ibero-americano.aspx
AB  - O Arquivo dos Portos de Lisboa, Setúbal e Sesimbra (APLSS) está sediado no Parque Empresarial da Quimiparque, no Barreiro, desde Junho de 2019, por iniciativa da Administração do Porto de Lisboa e da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, que nele unificou os respectivos arquivos intermédio e histórico, tendo em vista ampliar o acesso aos seus valiosos conteúdos, dos seus serviços próprios, para a comunidade científica e público em geral.  
 
Sendo desde sempre os estuários dos rios Tejo e Sado funcional, económica e administrativamente inseparáveis da ocupação humana das suas margens, a documentação escrita ou desenhada conservada no arquivo reveste-se de enorme importância para quem estuda, nas suas mais diversas vertentes, esses territórios. O caso apresentado na presente comunicação refere-se particularmente ao âmbito urbanístico, arquitectónico e construtivo de diversas obras de fundação, ou consolidação, realizadas nos Portos de Setúbal (inicialmente) e de Lisboa (posteriormente), projectadas pelo arquitecto Paulo Henrique de Carvalho Cunha (Póvoa de Varzim, 1909 – Lisboa, 1995). Este técnico, que ingressou nos quadros da Administração Geral do Porto de Lisboa (conforme então se chamava esse organismo) em 1938, tornou-se ao longo da sua vida profissional o principal projectista nacional em contextos portuários, não somente ao serviço dessa entidade - na qual se destaca a autoria de todos os edifícios que apetrecharam a Doca de Pedrouços – como, ainda, no planeamento urbano e costeiro de outras localidades costeiras, em especial na margem esquerda do estuário do Tejo, e no Algarve. 
 
Desenvolvido no contexto do projecto de investigação “Grand Projects – Architectural and Urbanistic Operations after the 1998 Lisbon World Exposition” (refª PTDC/ARTDAQ/32561/2017 na Fundação para a Ciência e a Tecnologia), o trabalho sobre o arquitecto Paulo Cunha – do qual resultou, em 2022, publicação monográfica subdividida nos dois volumes inaugurais da série “Cadernos do Arquivo”, editada pelo APLSS - foi enriquecido, de modo inestimável, pelo espólio em posse da sua família. Baseou-se, contudo, principalmente no material arquivado no APLSS, o qual disponibiliza ainda recursos técnicos de grande qualidade ao público, como é o caso do acesso remoto a catálogo on-line da documentação que conserva, o qual inclui ainda representações digitais de grande parte dos seus elementos gráficos. 
 
A continuação regular das visitas do autor da presente comunicação ao arquivo no Barreiro permite identificá-lo como caso verdadeiramente exemplar em Portugal, daquilo que deve ser um equipamento dessa natureza, tanto no que se refere à conservação, tratamento e descrição dos conteúdos à sua guarda, como à qualidade humana e técnica do pessoal que o integra e gere.
ER  -