Desde a assembleia nacional Constituinte e a redemocratização, as associações e movimentos religiosos tem sido atores de relevância, se articulando para criação e ocupação de espaços de participação e representação política institucional, influenciando e executando políticas, impactando as instituições democráticas tanto numa lógica positiva quanto negativa. Neste trabalho, procura-se aprender e discutir a presença e papel das organizações da sociedade civil religiosas nas arenas públicas brasileiras nas duas décadas dos anos 2000. Compreendendo as associações religiosas (ARs) enquanto organizações históricas especialistas em se adaptarem a conjunturas críticas, visando manter incidência, espaços e reconhecimento público, pergunta-se: como a presença e os repertórios mobilizados pelas ARs tem se modificado nas últimas duas décadas, e como tem atuado de forma cooperativa e/ou conflitiva com atores e instituições públicas, políticas e instituições participativas (IPS) brasileiras.

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