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A construção do biobanco como lugar de saúde: resultados preliminares
Brígida Riso (Riso, B.);
Event Title
III Colóquio Doutoral da Escola de Sociologia e Políticas Públicas
Year (definitive publication)
2016
Language
Portuguese
Country
Portugal
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Abstract
Após o Projeto Genoma Humano assistiu-se a uma intensificação da colheita e armazenamento de produtos biológicos humanos associados a informação médica com o objetivo de serem utilizados em pesquisa clínica. Estas estruturas, designadas por biobancos derivaram em muitos casos de repositórios já existentes. Ao longo do processo de recolha e armazenamento de amostras biológicas cruzam-se profissionais de saúde, técnicos de laboratório, investigadores, indivíduos doentes e saudáveis e outros atores menos prováveis; simultaneamente vão-se construindo racionalidades sobre o corpo, a saúde e a doença. Nesta pesquisa pretende-se acompanhar os trajetos das amostras desde a sua colheita até ao espaço do biobanco onde são tratadas, armazenadas e expedidas para outros locais onde a investigação clínica e básica se desenrola, obrigando a percorrer uma diversidade de espaços de observação. Os biobancos parecem deter um estatuto híbrido de fronteiras pouco delimitadas e fluídas, situando um conjunto de processos complexos de recolha e armazenamento de amostras a que estão subjacentes processos morais, sociais e políticos que deles não podem ser separados. Nesta comunicação apresentam-se os primeiros resultados de uma pesquisa em curso. Procurou-se, numa primeira fase, mapear e delimitar a extensão do fenómeno dos biobancos em Portugal. Quantos existem, onde se localizam, que atividades promovem e com que enquadramento? Ora integrados nos serviços de saúde ora integrados em centros de pesquisa biomédica ora em centros universitários com enquadramentos e propósitos diferentes, mas que fazem parte de uma teia onde as conceções de saúde e doença parecem ganhar relevância.
Acknowledgements
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Keywords