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Cassiano Branco 1897-1970 Arquitectura e Artifício
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Abstract
A propósito das comemorações dos 50 anos da morte de Cassiano Branco
(1970), a Câmara Lisboa organiza, através do Arquivo Municipal, um conjunto
de actividades com vista a debater e aprofundar a obra do arquitecto
que, nos segundo e terceiro quarteis do século XX, marcou a paisagem
da cidade, afirmando um desejo de modernidade que ainda hoje se reconhece
na sinuosidade da fachada do Victória-Hotel, na multiplicidade
de percursos da escadaria do Eden Cine-teatro, ou nos vários prédios de
rendimento que preencheram os quarteirões da cidade.
Entre a exploração abstractizante das composições de expressão art déco
e a complexidade de um super-realismo envolto de contradições, tal como
se reconhece no collage historicista do arranha-céus da Praça de Londres,
a obra de Cassiano mantém-se viva no debate arquitectónico, definindo os
limites de um mapeamento da cidade quotidiana que, como dizia Paulo
Varela Gomes, possui consistência formal e tipológica. A obra de Cassiano
Branco, incorporou lógicas do mundo artístico, alimentou-se da novidade,
espelhando as ambiguidades de um período da história marcado pela novidade
e pelo totalitarismo, através de uma acção ampla que não se esgota
na cidade que o viu nascer em 1897. O Portugal dos Pequenitos de
Coimbra, o Coliseu do Porto ou a Estação Terminus da linha de Caminhos de
Ferro de Benguela, na cidade do Lobito, referenciam a acção do arquitecto
no amplo território estadonovista, por si próprio colocado em causa quando
apoiou activamente a candidatura de Humberto Delgado, em 1958.
Acknowledgements
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Português