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Descrição Detalhada da Comunicação
Condomínios horizontais sob a ótica da Sintaxe Espacial: Parque do Ipê e Village do Marquês
Título Evento
Colóquio Arquitectura dos Territórios Metropolitanos Contemporâneos - CIUL
Ano (publicação definitiva)
2020
Língua
Português
País
Portugal
Mais Informação
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Abstract/Resumo
Acredita-se, conforme o aparato conceitual e empírico desenvolvido na perspetiva morfológica a partir do século XIX, que decodificar o espaço construído é o primeiro passo para transformação e melhoria do seu desempenho, seja funcional, sociológico, bioclimático, econômico, topoceptivo, afetivo, simbólico ou estético (Holanda, 2002; Medeiros, 2006; Holanda, 2010). A Sintaxe Espacial, definida por Bill Hillier (2007) como um tipo de teoria analítica, ou uma teoria e método, em que componentes analíticos avançam junto com componentes de projeto, propõe a análise da configuração espacial com o objetivo de compreender as relações existentes entre as partes do todo urbano e suas implicações para a dinâmica das cidades. Considerando a proposição de que a morfologia influencia ou atua na dinâmica social (HILLIER, 2002), parte-se da premissa de que a maneira como um determinado espaço é usado e transformado está relacionada à maneira como os objetos físicos estão configurados nesse espaço. Tendo por base tais pressupostos, a pesquisa de base exploratória, tem como suporte a abordagem configuracional, apoiando-se em estratégias de leitura e de representação do espaço associadas à teoria da lógica social do espaço (sintaxe espacial). A investigação confronta padrões espaciais de dois exemplares de condomínios horizontais fechados: Parque do Ipê e Village do Marquês. O primeiro, localizado na cidade de Viçosa, Minas Gerais, Brasil, construído no início dos anos 1970, foi fruto da iniciativa de um grupo de professores da Universidade Federal de Viçosa que fizeram pós-graduação nos EUA e retornaram à cidade. O projeto do conjunto de casas foi inspirado nos subúrbios norte-americanos, nos clusters e nas superquadras de Brasília. É possível notar essas referências na hierarquização das vias, vias em cul-de-sac, e nas casas com dupla frontalidade. O segundo, localizado em Cascais, área metropolitana de Lisboa, Portugal, construído no final da década de 2010, é um exemplar contemporâneo de condomínio fechado, fruto do mercado imobiliário, apresenta um desenho mais orgânico, adaptado às características geomorfológicas do sítio de implantação. Por meio da interpretação de algumas variáveis — profundidade, integração, conectividade, inteligibilidade, pretende-se responder a duas questões de pesquisa: como se dá a apropriação do espaço, do ponto de vista configuracional, nos dois contextos, na escala do conjunto e da habitação; e que relações existem entre as dinâmicas e os espaços que as abrigam? Além de se explorar o potencial de aplicação do ferramental teórico-metodológico da sintaxe espacial no estudo de condomínios fechados.
Agradecimentos/Acknowledgements
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Palavras-chave
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