O lançamento de uma nova edição nunca ficaria completo, sem a inclusão de uma breve nota que possa realçar o caminho já percorrido, assim como a antevisão do que poderá ser a sua evolução natural. Ao longo do último ano, a sua utilidade teórica e prática, a sua pertinência temporal, a necessidade de novos desenvolvimentos temáticos, foi sendo consolidada junto de académicos e profissionais. Um desses novos desenvolvimentos está claramente associado aos sistemas de controlo de gestão, em particular à temática do Balanced Scorecard® e consequente alargamento da sua amplitude estrutural e setorial. É neste contexto que adicionámos a esta nova edição, novos casos ilustrativos desta ferramenta de gestão estratégica e de controlo operacional, capazes de sensibilizar os leitores para a necessidade de se implementarem ferramentas que estejam ajustadas à realidade de cada organização, nomeadamente à sua dimensão, à natureza da sua atividade, à sua complexidade de processo, à sua visão estratégica, incluindo a gestão do seu risco reputacional. A maturidade de uma obra é sempre feita de aprendizagem e partilha. Para além da comunidade académica e profissional, que constituem verdadeiramente os nossos guias em termos de validação da utilidade da mesma, existem sempre indivíduos que ilustram esses momentos de inequívoca criação de valor. É neste contexto que a contribuição do amigo e colega Manuel da Luz, não poderia deixar de ser referenciada. Conhecedor em profundidade do setor financeiro, em particular do setor bancário, foi-nos elucidando para as particularidades intrínsecas do setor, nomeadamente a criticidade da gestão dos riscos, os emergentes impactos do risco reputacional, para além dos aspetos técnicos que o controlo de gestão assume neste contexto específico. Várias são as temáticas que, após acurada análise e ponderação, continuam a ficar de fora desta compilação temática. Referimo-nos, por exemplo, à gestão integrada dos riscos, à gestão do capital intelectual das organizações, à gestão integrada dos custos e dos réditos, entre outros. Pela sua natureza colateral, embora de cariz transversal e simbiótico com os temas aqui tratados, remetemos o seu potencial desenvolvimento para eventuais novos projetos. Contudo, apenas o tempo e a evolução das circunstâncias poderão vir a determinar a sua pertinência e concretização.

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