Na Guiné-Bissau, a cooperação internacional para a educação tem vagueado ao sabor das múltiplas agendas dos financiadores. Indiferente aos modelos de educação tradicional, próprios das sociedades tradicionais, que ensinam e preparam os jovens para a sua integração, participação e defesa da comunidade, a cooperação tem introduzido modelos de ensinos exógenos, desconexos e que em nada substituem o papel da educação tradicional. Da “escola do branco” à escola moderna ocidental, da escola do padre às madrassas, a educação tradicional é desestruturada sem que a cooperação internacional para a educação seja capaz de cumprir as promessas apregoadas. Entre a educação tradicional desacreditada e o caos no ensino os jovens são remetidos para um limbo que lhes rouba o futuro e enfraquece a coesão social das suas sociedades.

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