Talk
Decolonizar e genderizar a História no ensino secundário
Virgínia Baptista (Baptista, V.); Paulo Alves (Marques Alves, P.);
Event Title
XVII Congresso da Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação: Educação, Liberdade e Democracia.
Year (definitive publication)
2024
Language
Portuguese
Country
Portugal
More Information
--
Web of Science®

This publication is not indexed in Web of Science®

Scopus

This publication is not indexed in Scopus

Google Scholar

This publication is not indexed in Google Scholar

This publication is not indexed in Overton

Abstract
Esta comunicação tem por objetivo refletir sobre os atuais programas de história, no ensino secundário. Partimos dos documentos emanados do Ministério da Educação “Lei de Bases do Sistema Educativo”, “Perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória” e “Aprendizagens essenciais” da disciplina de história que visam os objetivos de uma educação global, sem exclusões e que encaminhe os/as jovens para uma cidadania ativa. Centrámo-nos nos conceitos de “decolonização”, e “genderização” introduzidos por Françoise Verges, e Joan Scott, para equacionarmos a nossa problemática: A história é estudada de forma global, abordando as vidas dos homens e das mulheres e de diversas culturas ao longo dos tempos? Ou seja, a questão fulcral que pretendemos discutir é sobre se as aprendizagens essenciais e os manuais escolares contribuem para decolonizar e genderizar a história, no sentido de dar visibilidade e voz às mulheres e a povos de diferentes culturas do passado. Metodologicamente analisámos os manuais escolares (do 10.º ao 12.º ano), desde a Antiguidade Clássica à época Contemporânea. Concluímos que, em regra, continuam a ser destacadas as elites masculinas, políticas, económicas, sociais e culturais europeias. Deste modo, globalmente, as mulheres e os povos não europeus mantêm-se incógnitos ou reduzidos a apêndices dos privilegiados da história, pelo que se mantém o olhar historiográfico que subalterniza os povos colonizados e “o segundo sexo”. Já na segunda década do século XXI, urge que o ensino da história, durante a escolaridade obrigatória, abarque uma visão globalizada das culturas. Assim, consideramos que só reescrevendo os temas programáticos, dando visibilidade às mulheres e aos povos até recentemente considerados “sem história”, com as suas ações explicadas nos contextos precisos em que ocorreram, se pode contribuir para um estudo crítico, objetivo, e para um ensino mais democrático, igualitário e sem exclusões.
Acknowledgements
--
Keywords