As transformações em curso no século XXI, as alterações climáticas, a perda de biodiversidade, o esgotamento dos recursos naturais, o crescente fosso entre ricos e pobres, são questões que exigem novas abordagens arquitetónicas na busca de respostas. Simultaneamente, o desenquadramento profissional e o distanciamento entre a academia e a prática contribuíram para a crise do urbanismo clássico, esquecendo a vida quotidiana. Neste contexto, é imperativo adotar em arquitetura uma pesquisa aplicada, baseada em metodologias de investigação-ação, que permita dinamizar e promover pensamento e prática associados à participação ativa com a comunidade na construção do comum. Só assim será possível contribuir para promover práticas alternativas e disruptivas, que possam ser replicáveis, resilientes e que projetem o futuro, permitindo refletir criticamente sobre o papel do Arquiteto na transição para sociedades mais sustentáveis. Nos territórios urbanos metropolitanos, a cidade do Barreiro representa a oportunidade, num primeiro teste: de reintegrar e recontextualizar o conhecimento local através do design, inserido num laboratório cidadão, LABIC Barreiro velho; num segundo teste: inserido numa comunidade intencional de transição, desenhar um Cohousing intergeracional.

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