Os exercícios que têm vindo a ser realizados em torno da construção de cenários para a Europa evidenciam a grande imprevisibilidade associada às condições contemporâneas. O contexto de crise em que também se inscrevem as implicações da decisão do Tratado de Lisboa reconhecer a coesão territorial como objectivo da União Europeia concorrem para uma atenção renovada para a diferenciação espacial e para a especificidade local das manifestações dos problemas contemporâneas e para a actualidade crescente das abordagens do desenvolvimento territorial em torno do desenvolvimento local. O desenvolvimento local ‘revisitado’ tem vindo a inspirar aprofundamentos em torno dos desafios da animação territorial e das implicações da não-emergência espontânea de iniciativa local para as políticas públicas. Este tipo de reflexão ganha novos contornos em torno dos novos caminhos propostos pela OMS para as políticas de saúde ao reconhecer a prioridade a atribuir à acção sobre os determinantes socio-económicos da saúde. A experiência portuguesa em torno do Programa Rede Social e as potencialidades da iniciativa municipal merecem uma atenção crescente em torno da pressão crescente para a urgência do reforço da resiliência territorial e da necessária inovação social para a mobilização integral de recursos e para contrariar ‘invisibilidade do possível’.

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Determinantes Socio-Económicas de Saúde; Desenvolvimento; Desenvolvimento Local