Esta comunicação «Estilos de vida de pessoas sós» dá relevo à construção analítica da componente qualitativa da pesquisa de doutoramento (em curso), intitulada “Viver Só: Mudança Social e Estilos de Vida”, desenvolvida sob a coordenação do professor António Firmino da Costa, com o apoio da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, através de uma bolsa de doutoramento. Desenvolve-se aqui um olhar que se constrói Na procura de descoberta, compreensão e interpretação das lógicas sociais que enquadram e possibilitam o incremento e diferenciação de experiências do viver só. Tal muitas vezes em rotura (ou pelo menos questionamento) da projecção e mediatização de que o tema é alvo, seja nos media, seja em outras publicações de consumo massificado. No plano teórico, situamo-nos na discussão contemporânea sobre a individualização e a “modernização reflexiva” de todas as esferas da vida social, e a “destradicionalização” dos valores e modos de viver as relações de intimidade na família, na conjugalidade e nas redes de amigos. Na multiplicidade de experiências sociais que justificam o incremento do viver só, fenómeno observável um pouco por todas as sociedades ocidentais modernas, particularmente nos grandes centros metropolitanos, suscitam-nos particular curiosidade os protagonismos, numa primeira abordagem surpreendentes, de homens e mulheres de diferentes faixas etárias, que assumem subjectivamente, desde logo no plano da narrativa, esta forma de alojamento como uma opção de estilo de vida mais ou menos prolongada no tempo. Nesta comunicação damos conta de alguns dos resultados obtidos através de entrevistas em profundidade a protagonistas destas experiências.

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Viver só; mudança social; estilos de vida.