O homem não pode ser considerado como um produto passivo do ambiente, nem o ambiente apenas como um produto da acção humana: há entre eles permutas e interacções constantes. Para além do mais, sendo o homem um ser social, faz parte integrante de grupos, que por sua vez se organizam em sistemas sociais mais vastos. Desta forma, o comportamento humano na sua relação com o ambiente só pode ser percebido através da análise de todos os níveis de organização social. A questão coloca-se em saber como é que o indivíduo percepciona, conhece e cria o ambiente e, ainda, em saber qual o papel que o ambiente físico tem neste processo e como é que influencia o comportamento. O presente artigo explora as dimensões aparentemente contraditórias entre a globalização, conceito-chave para o século XXI, entendida como um fenómeno que diz respeito aos grandes sistemas (económicos, políticos e ecológicos), inevitavelmente portadora de impactos sobre o nosso modo de vida e de novos conceitos (como o da desterritorialização das coisas, das ideias, dos indivíduos), e essoutra globalização vivida como um fenómeno à escala individual e interior.

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Globalização; Ambiente; Risco; Desenvolvimento Sustentável

Esta comunicação está associada ao registo seguinte:

• Globalization and Man: the global risks and the human experience context