Olhado a partir da antropologia, o trabalho industrial ilumina relações complexas entre o sistémico e o vivido. Este seminário revisita uma etnografia desenvolvida em contexto fabril, entre condutores de máquinas automáticas de moldação de vidro, discutindo as suas práticas de apropriação do trabalho e os limites estruturais que as envolvem. A materialidade situada, disputada e multifacetada da técnica e da produção (a máquina, a ‘obra’, o gesto quotidiano) é interrogada enquanto articulação central dos processos sociais que atravessam a fábrica – e logo, necessariamente, da relação etnográfica.

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