Ciência_Iscte
Publications
Publication Detailed Description
Sentimento abolicionista
Journal Title
Para que serve a sociologia?
Year (definitive publication)
2016
Language
Portuguese
Country
France
More Information
Web of Science®
This publication is not indexed in Web of Science®
Scopus
This publication is not indexed in Scopus
Google Scholar
This publication is not indexed in Google Scholar
This publication is not indexed in Overton
Abstract
Hulsman (1993) não abandonou o espírito abolicionista, como o fizeram a maioria dos seus antigos companheiros. Manteve em si a esperança de valer a pena ser abolicionista, mesmo na sequela de uma derrota tão humilhante e desprestigiante. Para este autor holandês frequentador dos circuitos internacionais dos direitos humanos, o abolicionismo não é uma organização mas um estado de espírito que muitos desenvolvem, mesmo quando não lhe dão esse nome. Alguém que não aceite confrontar-se com a tortura e virar as costas como se não tivesse tido conhecimento, para Hulsman, é um abolicionista. Porque a maioria das pessoas conformou-se com lavar as mãos da sua responsabilidade e da sua memória até o que possa ter ocorrido. O autor constata que gente abolicionista, neste sentido emocional, digamos assim, gente portadora do espírito proibicionista, está em toda a parte. Desorganizadamente, é certo. Mas não é só a vingança que é espontânea na espécie humana. Também o abolicionismo, a empatia com quem é discriminado e está em aflição, o é.
Acknowledgements
--
Keywords
intenções, emoções, justiça
Português