Publicação em atas de evento científico
Crescer na instabilidade: Fatores contextuais e o seu efeito no desenvolvimento dos jovens Portugueses
Fátima Cristina da Silva Ribeiro Gameiro (Gameiro, F.); Paula Ferreira (Ferreira, P.);
Atas do VI Congresso Ibero-Americano de Intervenção Social: Infância e Juventude
Ano (publicação definitiva)
2023
Língua
Português
País
Portugal
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(Última verificação: 2024-12-16 14:05)

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Abstract/Resumo
Os recentes acontecimentos registados a nível mundial, como a pandemia, a guerra e a instabilidade económico-financeira, parecem ter afetado a aquisição e o crescimento da empatia e das competências sociais e emocionais (CSE). Em face desta realidade, procurámos conhecer o nível de CSE e de reatividade interpessoal dos jovens portugueses e analisar o efeito do sexo e do estatuto relacional nas suas dimensões. Participaram 230 jovens de ambos os sexos, residentes em Portugal, com idades compreendidas entre os 16 e os 18 anos, maioritariamente do sexo feminino (63,9%), com o nível secundário (65,2%), a viver numa cidade (61,3%) e sem parceiro (56,5%). Foi aplicado um questionário online, com as versões portuguesas da escala de Competências Sociais e Emocionais (SEC-Q) e do Índice de Reatividade Interpessoal (IRI). Como resultados, verificou-se que os jovens apresentam uma reatividade interpessoal global acima da média, apresentando competências mais elevadas na preocupação empática e na tomada de perspetiva. Os jovens apresentam um nível médio elevado de CSE, sendo os domínios mais elevados a autoconsciência, a consciência social e o comportamento pró-social. As raparigas mostraram mais reatividade interpessoal em todas as suas dimensões, mais consciência social e comportamento pró-social e decisão, e os rapazes mais autoconsciência e autogestão e motivação. Quanto ao estado da relação, os jovens sem parceiro manifestam mais angústia pessoal e fantasia e os com parceiro mais perspetiva e preocupação empática. Os jovens com um parceiro também mostraram mais CSE. Estes resultados permitem-nos concluir que o contexto atual de instabilidade não parece estar a influenciar a capacidade empática e as CSE dos jovens portugueses. Contudo, convém refletir sobre estes efeitos contextuais a médio-longo prazo e identificar fatores protetores que estão a ser, ou possam ser, mobilizados para promover a resiliência e potenciar estratégias de coping adaptativas.
Agradecimentos/Acknowledgements
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Palavras-chave
Competências socio-emocionais,Empatia,Jovens portugueses,Instabilidade,Fatores contextuais