A monoparentalidade é vivenciada por cada vez mais pessoas em Portugal tendo sido o tipo de família que mais aumentou nos últimos anos. A larga maioria destas famílias são femininas, ou seja, compostas por filho(s)/a(s) e mãe (84,7%), uma tendência que se mantém desde os anos 90 do século passado, quando se começou a efetuar esta monitorização. Um outro indicador relevante é que se estima “que duas em cada quatro mulheres das famílias monoparentais sejam pobres”. É neste cenário nacional, contextualizado num território de baixa densidade e vulnerabilidade socioeconómica - Cova da Beira - que surge o Projeto VELEDA – Mulheres e Monoparentalidade, Projeto Artístico-Social, apoiado pela iniciativa PARTIS - Práticas Artísticas para a Inclusão Social (Fundação Calouste Gulbenkian) na sua 3ª edição. O projeto identifica as famílias monoparentais femininas como aquelas que estão sujeitas a uma maior vulnerabilidade quer económica quer social e define como objetivo o empoderamento destas mulheres. O projeto, que teve início em 2019, é desenvolvido com 20 mulheres em situação de monoparentalidade, uma antropóloga, uma atriz e uma socióloga, esta última numa participação mais circunscrita, que se propõem construir articulações entre a arte, a etnografia e os estudos de género experimental artística artístico emergem processos de empoderamento e se estes são ou não facilitados pela multidisciplinaridade do projeto e da equipa.

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Monoparentalidade,Mulheres,Teatro,Intervenção social