Ivonne Herrera-Pineda é antropóloga social. Faz investigação sobre movimentos sociais, urbanismo, participação cidadã, comunidades urbanas e rurais e história da arquitetura em Portugal e Espanha. Os seus interesses específicos de investigação giram em torno das desigualdades socioeconómicas, a sociabilidade, a memória coletiva e o ambiente construído. A sua formação é interdisciplinar: é licenciada em Filosofia (2012), mestre em Antropologia Social (2013) e doutorada em Ciências Humanas (2021), todos os graus pela Universidade Autónoma de Madrid.
A área especifica do seu doutoramento foi antropologia social e cultural, nomeadamente antropologia urbana e económica. A sua investigação de doutoramento centrou-se nas comunidades urbanas, especificamente em várias redes de ajuda mútua desenvolvidas num bairro de Madrid chamado Tetuán. Esta investigação observou o papel destes processos coletivos na construção da cidade contemporânea, enfatizando a sua capacidade de resiliência e criatividade social. Durante o doutoramento, realizou uma estadia de investigação em Portugal, no Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra. Este período académico contribuiu decisivamente para consolidar a sua compreensão das possibilidades da etnografia e os seus interesses nos estudos urbanos, nomeadamente na produção social do espaço construído.
Atualmente é investigadora de pós-doutoramento no Centro de Estudos sobre a Mudança Socioeconómica e o Território (DINÂMIA'CET), no Instituto Universitário de Lisboa (Iscte-IUL). É investigadora integrada no Projeto ERC "ReARQ.IB - Built Environment Knowledge for Resilient, Sustainable Communities: Understanding Everyday Modern Architecture and Urban Design in the Iberian Peninsula (1939-1985)", dirigido pelo arquiteto e investigador Ricardo Agarez. No âmbito deste projeto, Ivonne centra-se na ativação de processos participativos e no estudo da memória coletiva em torno da arquitetura do quotidiano. Durante este tempo, desenvolveu um intenso trabalho de campo em várias comunidades do interior de Portugal, nomeadamente na Beira Serra e Trás-os-Montes. Desde janeiro de 2024, iniciou uma fase centrada no sudoeste de Espanha. O seu trabalho envolve uma série de atividades de divulgação de conhecimentos, pelo que também organizou um total de nove eventos públicos de recolha de memória coletiva e dois seminários de investigação, participou no I Congresso de História Pública em Portugal em 2023 e está permanentemente a trabalhar na construção de uma base de dados pública com os resultados do seu trabalho etnográfico.