Como repetidamente observado no decurso da pandemia COVID-19, marcada pelo lema 'fique em casa', a precariedade habitacional expôs, novamente, desigualdades persistentes. Não obstante, a pandemia revelou também a importância do cuidado: ‘cuidar e ser cuidado' marcou 2020, e a interdependência vivida por todos confirma que as noções sobre cuidado são particularmente relevantes no desenho dos ambientes construídos. Expresso nos resultados do projeto de pesquisa “Como ficar em casa? Intervenções imediatas de combate à COVID-19 em bairros precários da Área Metropolitana de Lisboa”, coordenado por LAGES [LagesJorge20], é urgente abordar a forma como a Arquitectura, enquanto disciplina, pode repensar e integrar a ideia do cuidado no ambiente edificado em resposta às situações de precariedade habitacional. A proposta atual segue esta linha. Cuidar (d)a Habitação explora 4 dimensões do cuidado pelo desenho (design). A primeira [ESPACIAL] radica na ideia de CUIDAR DO ESPAÇO. A segunda [SOCIAL] segue o princípio de que precisamos de CUIDAR DAS PESSOAS. A terceira dimensão, [TÉCNICA], funda-se na ideia de que devemos CONSTRUIR COM CUIDADO, interpelando a forma como nós, enquanto coletivo, cuidamos do planeta [FitzKrasny19]. A última, [POLÍTICA] define o CUIDAR COMO FERRAMENTA. De direito fundamental não cumprido, a oportunidade oferecida pelo plano de recuperação pós-pandémica para Portugal — que prevê acabar com a precariedade habitacional até 2026—, este é o momento de discutir a Habitação para todos, dentro e fora da academia.

CrossingBoundaries visa desenvolver, através de um programa de intercâmbio de pessoal, uma nova comunidade de pesquisa internacional e multidisciplinar que trabalhe na exploração dos processos, desafios e implicações sobre o desempenho da inovação de transferência de conhecimento e tecnologia através das fronteiras nacionais. Esta comunidade de pesquisa se concentrará particularmente em abordar cinco questões de pesquisa: 1. Quem são os atores envolvidos no processo de transferência de conhecimento e tecnologia para fins de inovação nas fronteiras nacionais? 2. Quais são os processos de transferência de conhecimento e tecnologia através das fronteiras nacionais e como elas diferem de acordo com os atores envolvidos? 3. Como os fatores contextuais (como divergência institucional, diferenças culturais e distância geográfica) influenciam os processos de transferência de conhecimento e tecnologia através das fronteiras nacionais? 4. Como os fatores organizacionais (como as capacidades tecnológicas e a capacidade de absorção da empresa) influenciam os processos de transferência de conhecimento e tecnologia através das fronteiras nacionais? 5. Quais são as implicações para a política e a transferência de políticas para a inovação? O programa contribuirá no desenvolvimento de construções teóricas para abordar as cinco questões de pesquisa acima, e fornecerá uma base de evidências extraídas da experiência dos países envolvidos em CrossingBoundaries que poderiam ser usados ??para informar futuras pesquisas e políticas. O projeto proposto também desenvolverá estudos de casos nacionais que exploram aspectos específicos (aspectos territoriais, organizacionais e políticos) dessas questões. Um objetivo importante do programa é criar uma parceria duradoura e futuras pesquisas colaborativas. Isto será alcançado de duas maneiras. Em primeiro lugar, o desenvolvimento de parcerias interinstitucionais de supervisão de doutorado que desenvolverão novos pesquisadores (aumentando ...

O principal objetivo deste projeto é avaliar o potencial dessas áreas periurbanas para enfrentar os desafios futuros para o desenvolvimento sustentável em um mundo em mudança. Tem como objetivo analisar em profundidade as áreas periurbanas da Área Metropolitana de Lisboa (AML), suas características ambientais, sociais, económicas e institucionais, utilizando uma abordagem prospectiva. Metodologia: Para atingir esse objetivo, este projeto visa: (1) identificando tipologias de áreas periurbanas com base nas suas características ecológicas, sociais, económicas e institucionais para a Região Metropolitana de Lisboa; (2) criando visões para áreas periurbanas de acordo com sua tipologia, desenvolvendo cenários para estudos de caso com base em: (a) compreensão dinâmica estrutural e funcional de cada tipologia, levando em consideração: serviços de ecossistemas fornecidos por cada tipologia, identificando vulnerabilidades; atividades económicas, seu potencial inovador e padrões de demanda em constante evolução; qualidade de vida percebida da população residente e sua expectativa em relação a desenvolvimentos futuros; modelos de governança e sistemas de ordenamento do território a escala local, avaliando seu potencial de mudança; e (b) participação dos peritos e das partes interessadas, identificando os desafios específicos que devem ser enfrentados por cada tipologia periurbana, nomeadamente em termos de formulação de objetivos de qualidade de sustentabilidade; (3) intercalar a ciência e a prática comunicando os conhecimentos adquiridos em pesquisa e informações úteis e relevantes para urbanistas e decisores, desenvolvendo diretrizes de planeamento estratégico e modelos de governança com as partes interessadas e visando orientações para lidar com os desafios enfrentados pelas áreas periurbanas.