A intensidade e prolongamento das crises humanitárias e a diferença entre recursos necessários e alocados, conduziram à reforma humanitária de 2016 e aos compromissos do Triplo Nexus e da localização. Com aqueles, sugere-se, respetivamente, a ligação entre humanitarismo- desenvolvimento-construção de paz, e posiciona-se os atores locais num papel de maior protagonismo ao longo do triplo Nexus. O maior poder de agência dos atores locais, desencadeia ações que interferem com a cooperação internacional e, portanto, as políticas externas dos países doadores, mas também com o poder das agências e ONG´s que protagonizam a ajuda humanitária. A exequibilidade da reforma tem sido lenta e esta investigação, pretende contribuir para a identificação e reflexão sobre as motivações, limitações e ameaças à reforma Humanitária. O estudo de caso sobre a crise humanitária de Cabo Delgado pretende revelar estas tensões, utilizando uma metodologia mista abordando as dimensões política, financeira e operacional. Orientação: Raquel Freitas (CIES-iscte) e Clara Carvalho (CEI-Iscte)