A teoria do estabelecimento de objetivos afirma a existência de uma relação linear positiva entre a definição de objetivos e o desempenho. No entanto, pouca atenção tem sido prestada às consequências éticas da utilização desta prática nas organizações. Compreender as escolhas éticas individuais implica a observação de como as pessoas interpretam, julgam e agem face a situações éticas e dos contextos específicos onde normas sociais e outros julgamentos reforçam, desencorajam ou simplesmente ignoram a ação moral. Os resultados do presente estudo, realizado com profissionais do setor da banca e serviços (N = 76), sugerem a utilização dos objetivos nas entrevistas de desempenho contribuem positivamente para a formação de julgamentos sobre liderança ética sendo que esta relação é em parte explicada pela perceção individual de um clima de maximização dos interesses conjuntos. Os resultados são discutidos na perspetiva das práticas de GRH salientando-se a sua relevância para o incremento da capacidade de escrutínio ético nas organizações.

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Definição de objetivos, clima ético, liderança ética