Comunicação em evento científico
Estratégias Urbanas em Lisboa, Luanda e Macau através de modernos “«Caixotes e Prateleiras Habitáveis» para muita gente
Inês Lima Rodrigues (Rodrigues, Inês Lima);
Título Evento
Optimistic Suburbia – Large housing complexes for the middle-class beyond Europe
Ano (publicação definitiva)
2015
Língua
Português
País
Portugal
Mais Informação
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Abstract/Resumo
Esta apresentação pretende abordar os antecedentes e os legados da habitação coletiva moderna, através de experiências realizadas em Lisboa, Luanda e Macau. O fio condutor é justamente a cultura arquitetónica portuguesa e a utopia do Movimento Moderno transformada em realidade através do habitar coletivo à escala da cidade. Com o epicentro na Europa, os princípios modernos foram implantados tardiamente em Portugal, e projetaram-se em Angola e Macau quando já não era esperado pela crítica internacional. A partir de 1950 assistiu-se ao protagonismo do bloco de apartamentos como interveniente no processo de construção da cidade, integrado em amplos espaços verdes e numa estrutura viária eficaz. Influenciada por Le Corbusier e pela arquitectura moderna brasileira, a primeira geração moderna portuguesa movia-se entre os ideais dos CIAM. Reconhecemos a supremacia da forma linear que prevalecerá na ordem do traçado urbano e no triunfo de muitos conjuntos habitacionais. Em Lisboa, são exemplo: os vários casos da avenida EUA e o conjunto Montepio na avenida Brasil em Alvalade, as propostas de Martins e Melo e a Unité de Abel Manta nos Olivais ou o conjunto da avenida Infante Santo. Na década de 60, os fundamentos modernos e a influência brasileira foram perdendo o seu protagonismo em Portugal continental e em simultâneo, foram projetados com pujança nos contextos tropicais. Luanda foi transformada num laboratório urbano de experimentação da modernidade ocidental, que se refletiu quer em visões globais de transformação urbana e territorial, quer em séries de obras isoladas e dispersas pela cidade. Evidenciamos as Unidades de Vizinhança de Simões de Carvalho à luz da Carta de Atenas e da regra das 7V de Le Corbusier ou os edifícios isolados de Vieira da Costa, Pereira da Costa, entre outros. Traçamos o percurso do edifício em Torre, desde as experiências de Pereira e Portas no bairro Olivais às torres macaenses do Leal Senado de Ramalho e do projeto-tipo de Vicente como um modelo a ser aplicado em diferentes pontos de Macau e ainda em Luanda. São respostas que não se esgotam e que apareceram em décadas e lugares distintos para fazer cidade dentro e fora do tecido urbano consolidado, como forma de extensão, ou para facilitar operações de descentralização. Destacamos a modernidade dos programas residenciais a nível arquitetónico, urbano e social, mas também a investigação formal e tecnológica que a fundamentou. Valorizam-se espaços ajardinados coletivos, desenvolvem-se sistemas entre universalidade e a adaptação, a funcionalidade e a economia, a veracidade dos materiais e a sinceridade da estrutura. Estes projetos, suscetíveis de ser entendidos como modelos gerais, têm implícitos na sua proposta urbano-arquitectónica elementos de análise e de racionalidade num contexto particular. A clareza das fórmulas compositivas, sistemas de ordem e uso que se traduzem numa determinada estrutura viária, na organização dos bairros residenciais e na forma de incluir os espaços verdes. São obras que justificam a transversalidade do Movimento Moderno entre Lisboa, Luanda e Macau, e que sem dúvida, tiveram uma importância que a crítica contemporânea ainda não valorizou na sua justa medida.
Agradecimentos/Acknowledgements
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Palavras-chave
HABITAÇÃO COLETIVA,MOVIMENTO MODERNO,LISBOA,LUANDA,MACAU
Registos de financiamentos
Referência de financiamento Entidade Financiadora
SFRH/BD/28759/2006 FCT