Um estudo inserido no projeto de investigação SOS Pain, do CIS – Iscte, concluiu que a classe social dos pacientes tem influência direta no diagnóstico e no tratamento da dor crónica.
De acordo com este estudo, os doentes de classes sociais mais baixas têm maior dificuldade em lidar com esta patologia, que interfere nas múltiplas dimensões das suas vidas, carecendo por isso de maior acompanhamento médico e de acompanhamento psicoeducativo vocacionado para as questões da dor. Ao contrário, os pacientes de classes médias e altas, dispõe de ferramentas para combater a doença de modo a que esta não interfira seriamente nas suas vidas, aprendendo com facilidade estratégias de auto-controlo eficazes para gerirem a própria dor.
Neste estudo coordenado Sónia Bernardes, professora de Psicologia Social da Saúde do Iscte – Instituto Universitário de Lisboa, são feitas recomendações aos profissionais de saúde para que estes não ignorem, nos seus diagnósticos e terapêuticas, a origem social dos pacientes que sofrem de dor crónica.
Principais resultados do estudo:
Sónia Bernardes é investigadora integrada do CIS-Iscte e professora associada de Psicologia Social da Saúde no Iscte - Instituto Universitário de Lisboa.