IPPS-Iscte lança formação sobre migrações para a Administração Pública

IPPS-Iscte lança formação sobre migrações para a Administração Pública
IPPS-Iscte lança formação sobre migrações para a Administração Pública

A primeira formação específica sobre migrações para quadros da Administração Pública, que decorreu no Fundão, já está a dar resultados.

Uma iniciativa que juntou a Câmara do Fundão, Universidade da Beira Interior e o IPPS-Iscte (Instituto para as Políticias Públicas e Sociais). As três entidades criaram a Academia Mais Integração.

Cláudia Pereira, coordenadora da Academia, reconhece que “a formação superou muito as expectativas, porque os participantes já estão a trabalhar em rede”.

Esta iniciativa, que vai replicar-se a partir de 8 de setembro com outros formandos, envolveu nesta primeira edição 50 participantes de vários organismos da administração central, local e sociedade civil, formando no sentido de permitir que alguns municípios passem a efetuar procedimentos que não faziam por falta de conhecimento, como, por exemplo, pedir a manifestação de interesse para emissão do abono de família.

Esta formação decorreu ao longo de uma semana e contou com especialistas da área, tendo sido criados grupos de trabalho que através de jogo de papéis entre elementos de diversas entidades, que simularam estar no papel de migrante ou refugiado.

Salientando que os formandos "estão muito mais capacitados", Cláudia Pereira referiu que o grupo tinha muito conhecimento, mas não tinha o conhecimento conjunto de outras áreas, pelo que a "capacitação foi muito imersiva e intensa, que levou os participantes a começar a trabalhar em rede".

Em representação dos trabalhadores das autarquias, Helena Claim, da Câmara de Torres Vedras, destacou que esta formação "veio dar respostas mais ajustadas ao desafio da migração, atendendo que há imensas dificuldades e ambiguidades na área da interculturalidade".

Já para Rosa Campaniço, do Instituto da Segurança Social em Reguengos de Monsaraz, “foi muito importante a relação com a academia que, por norma, nos falta, e ter a sustentabilidade técnica a fundamentar o nosso trabalho e conhecimento com os professores e os técnicos formadores foi de uma riqueza extraordinária".

Em setembro, 50 novos formandos vão fazer esta mesma formação.