Este projeto insere-se na Teoria do Crescimento Endógeno (CE). Pretendemos fazer avançar o conhecimento científico relativo a modelos de CE com capital físico, capital humano e I&D aplicados à economia mundial e a economias abertas. No primeiro caso, a fronteira do conhecimento consiste em modelos de CE que incluem acumulação de capital físico e capital humano e inovação vertical e horizontal, para os quais a literatura caracterizou e quantificou as diferentes externalidades resultantes das falhas de mercado no processo de I&D. Acrescentaremos a esta classe de modelos novos ativos acumuláveis (capital social e capital natural) e um novo sector de “investigação de base”. O capital social e o capital natural são fatores essenciais para definir a riqueza das nações. A inclusão de um sector de investigação de base em modelos com acumulação de capital humano não está estudada. No entanto, a interação deste sector com os restantes sectores da economia implica que a sua inclusão pode alterar de forma relevante as características dos equilíbrios, a sua estabilidade e as trajetórias de convergência. Há ainda externalidades associadas ao capital social e ao capital natural e à natureza de bem público da investigação básica que não foram estudadas neste contexto. Pretendemos caracterizar estes equilíbrios e, calibrando os modelos, calcular as trajetórias de transição e quantificar as externalidades. Esperamos obter resultados úteis para a identificação das políticas, da sua quantificação e da determinação do momento ótimo para a sua aplicação. Para estudar o CE em economia aberta usaremos duas abordagens distintas, modelizando pequenas economias abertas e dividindo o mundo em dois grandes blocos: Norte e Sul. Relativamente às pequenas economias abertas, identificaremos as condições de fio de navalha presentes nos modelos com dois sectores de I&D. Esperamos encontrar condições fortes para modelos com acumulação de capital humano. Poderemos também utilizar uma abordagem alternativa, abrindo a economia ao investimento direto estrangeiro em novas variedades. Caracterizaremos estes modelos em termos das características dos estados estacionários e das propriedades de convergência. A literatura de comércio Norte-Sul e crescimento baseado em capital humano e I&D tem-se focado na relação entre crescimento, convergência e padrão de especialização nas trocas comerciais, estudando tópicos como a difusão de conhecimento, a direção da inovação tecnológica, direitos de propriedade e desigualdade salarial. A I&D foi incluída nestes modelos através de inovação horizontal (modelo de variedades) ou de inovação vertical (quality-ladders). Partindo da abordagem de Yo98 para uma economia fechada, queremos estudar o caso de novas variedades serem desenvolvidas no Norte (rico), sendo depois novas qualidades, adaptadas a mercados específicos, desenvolvidas no Sul (pobre). Esta análise trará certamente novas contribuições para o estudo do impacto dos direitos de propriedade na difusão do conhecimento e no crescimento. Tendo em conta o menor grau de desenvolvimento do Sul, queremos considerar diferentes estágios de desenvolvimento desta região, na linha do trabalho de ChLePe01 para o caso de inovação horizontal. Neste tipo de modelos foi ainda pouco estudado o impacto das externalidades e as alterações nos equilíbrios e nas trajetórias de transição. É também importante analisar o papel da “investigação de base” nestes modelos, já que a existência de um forte sector de investigação de base numa economia globalizada implica externalidades internacionais ainda não analisadas na literatura. A inclusão de capital natural neste tipo de modelos tem também implicações ainda por estudar. Em particular, o nosso trabalho terá em conta o facto de algum capital natural ser “local”, no sentido de que os seus efeitos são sentidos apenas no país, enquanto outro capital natural é global, levando à existência de spillovers que exigem coordenação internacional, por exemplo através de acordos voluntários. O objetivo é estudar as implicações para o crescimento da consideração de capital natural, num modelo de comércio Norte-Sul, e comparar os efeitos de diferentes políticas ambientais. As metodologias a aplicar serão a modelização dos problemas, a identificação de equações que descrevam as trajetórias de transição e os equilíbrios, a calibração dos modelos e quando possível, obter as trajetórias de equilíbrio através do método de “backward integration”.
Centro de Investigação | Grupo de Investigação | Papel no Projeto | Data de Início | Data de Fim |
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BRU-Iscte | -- | Parceiro | 2010-04-01 | 2013-09-30 |
Instituição | País | Papel no Projeto | Data de Início | Data de Fim |
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Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa (FE/UNL) | Portugal | Líder | 2010-04-01 | 2013-09-30 |
Universidade da Beira Interior (UBI) | Portugal | Parceiro | 2010-04-01 | 2013-09-30 |
Nome | Afiliação | Papel no Projeto | Data de Início | Data de Fim |
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Alexandra Ferreira-Lopes | Professora Associada (DE); Investigadora Integrada (BRU-Iscte); | Investigadora | 2010-04-01 | 2013-09-30 |
Código/Referência | DOI do Financiamento | Tipo de Financiamento | Programa de Financiamento | Valor Financiado (Global) | Valor Financiado (Local) | Data de Início | Data de Fim |
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102238 | -- | Contrato | Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P. - PTDC/2008 - Portugal | 0 | 0 | 2010-04-01 | 2013-09-30 |
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