PTDC/EGE-ECO/102238/2008
Externalidades, Equilíbrios e Lições de Política Económica de Modelos de Crescimento Endógeno com Vários Sectores
Descrição

Este projeto insere-se na Teoria do Crescimento Endógeno (CE). Pretendemos fazer avançar o conhecimento científico relativo a modelos de CE com capital físico, capital humano e I&D aplicados à economia mundial e a economias abertas. No primeiro caso, a fronteira do conhecimento consiste em modelos de CE que incluem acumulação de capital físico e capital humano e inovação vertical e horizontal, para os quais a literatura caracterizou e quantificou as diferentes externalidades resultantes das falhas de mercado no processo de I&D. Acrescentaremos a esta classe de modelos novos ativos acumuláveis (capital social e capital natural) e um novo sector de “investigação de base”. O capital social e o capital natural são fatores essenciais para definir a riqueza das nações. A inclusão de um sector de investigação de base em modelos com acumulação de capital humano não está estudada. No entanto, a interação deste sector com os restantes sectores da economia implica que a sua inclusão pode alterar de forma relevante as características dos equilíbrios, a sua estabilidade e as trajetórias de convergência. Há ainda externalidades associadas ao capital social e ao capital natural e à natureza de bem público da investigação básica que não foram estudadas neste contexto. Pretendemos caracterizar estes equilíbrios e, calibrando os modelos, calcular as trajetórias de transição e quantificar as externalidades. Esperamos obter resultados úteis para a identificação das políticas, da sua quantificação e da determinação do momento ótimo para a sua aplicação. Para estudar o CE em economia aberta usaremos duas abordagens distintas, modelizando pequenas economias abertas e dividindo o mundo em dois grandes blocos: Norte e Sul. Relativamente às pequenas economias abertas, identificaremos as condições de fio de navalha presentes nos modelos com dois sectores de I&D. Esperamos encontrar condições fortes para modelos com acumulação de capital humano. Poderemos também utilizar uma abordagem alternativa, abrindo a economia ao investimento direto estrangeiro em novas variedades. Caracterizaremos estes modelos em termos das características dos estados estacionários e das propriedades de convergência. A literatura de comércio Norte-Sul e crescimento baseado em capital humano e I&D tem-se focado na relação entre crescimento, convergência e padrão de especialização nas trocas comerciais, estudando tópicos como a difusão de conhecimento, a direção da inovação tecnológica, direitos de propriedade e desigualdade salarial. A I&D foi incluída nestes modelos através de inovação horizontal (modelo de variedades) ou de inovação vertical (quality-ladders). Partindo da abordagem de Yo98 para uma economia fechada, queremos estudar o caso de novas variedades serem desenvolvidas no Norte (rico), sendo depois novas qualidades, adaptadas a mercados específicos, desenvolvidas no Sul (pobre). Esta análise trará certamente novas contribuições para o estudo do impacto dos direitos de propriedade na difusão do conhecimento e no crescimento. Tendo em conta o menor grau de desenvolvimento do Sul, queremos considerar diferentes estágios de desenvolvimento desta região, na linha do trabalho de ChLePe01 para o caso de inovação horizontal. Neste tipo de modelos foi ainda pouco estudado o impacto das externalidades e as alterações nos equilíbrios e nas trajetórias de transição. É também importante analisar o papel da “investigação de base” nestes modelos, já que a existência de um forte sector de investigação de base numa economia globalizada implica externalidades internacionais ainda não analisadas na literatura. A inclusão de capital natural neste tipo de modelos tem também implicações ainda por estudar. Em particular, o nosso trabalho terá em conta o facto de algum capital natural ser “local”, no sentido de que os seus efeitos são sentidos apenas no país, enquanto outro capital natural é global, levando à existência de spillovers que exigem coordenação internacional, por exemplo através de acordos voluntários. O objetivo é estudar as implicações para o crescimento da consideração de capital natural, num modelo de comércio Norte-Sul, e comparar os efeitos de diferentes políticas ambientais.  As metodologias a aplicar serão a modelização dos problemas, a identificação de equações que descrevam as trajetórias de transição e os equilíbrios, a calibração dos modelos e quando possível, obter as trajetórias de equilíbrio através do método de “backward integration”.

 

Parceiros Internos
Centro de Investigação Grupo de Investigação Papel no Projeto Data de Início Data de Fim
BRU-Iscte -- Parceiro 2010-04-01 2013-09-30
Parceiros Externos
Instituição País Papel no Projeto Data de Início Data de Fim
Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa (FE/UNL) Portugal Líder 2010-04-01 2013-09-30
Universidade da Beira Interior (UBI) Portugal Parceiro 2010-04-01 2013-09-30
Equipa de Projeto
Nome Afiliação Papel no Projeto Data de Início Data de Fim
Alexandra Ferreira-Lopes Professora Associada (DE); Investigadora Integrada (BRU-Iscte); Investigadora 2010-04-01 2013-09-30
Financiamentos do Projeto
Código/Referência DOI do Financiamento Tipo de Financiamento Programa de Financiamento Valor Financiado (Global) Valor Financiado (Local) Data de Início Data de Fim
102238 -- Contrato Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P. - PTDC/2008 - Portugal 0 0 2010-04-01 2013-09-30
Dados de Investigação Relacionados

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Referências nos Media Relacionadas

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Outputs (Outros)

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Ficheiros do projeto

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Externalidades, Equilíbrios e Lições de Política Económica de Modelos de Crescimento Endógeno com Vários Sectores
2010-04-01
2013-09-30