Este projecto de investigação centra-se no estudo das relações existentes entre saúde e crescimento económico. Pretende-se estudar teórica e empiricamente o impacto da saúde na acumulação de capital humano e, através deste canal, no crescimento económico e na riqueza. A literatura tem avançado na disponibilização de informação sobre a relação entre saúde e crescimento económico e saúde e riqueza (Bloom et al., 2000; 2001; 2004; 2005; Van Zon and Muysken, 2000; Weil, 2005), mas há ainda um vasto trabalho a realizar.
Se o capital humano é frequentemente identificado estritamente com educação1 em anos recentes o pape! da saúde tem sido reconhecido enquanto factor chave do capital humano (UNDP 2008). Após a análise de Mankiw, Romer e Weil (1992), uma vasta literatura sobre crescimento económico reconheceu a importância de factores como a saúde e a nutrição, contribuindo assim para ampliar o conceito de capital humano. Bons níveis de saúde aumentam o nível de capital humano, o que por sua vez tem um efeito positivo na produtividade individual e nas taxas de crescimento económico. Níveis mais elevados de saúde aumentam a produtividade da força de trabalho ao reduzirem a incapacidade, a debilidade, e o número de dias de absentismo por doença, aumentando as oportunidades que um indivíduo tem de obter uma melhor remuneração. Adicionalmente, bons níveis de saúde ajudam a obter níveis acrescidos de educação ao aumentarem os níveis de escolaridade e de desempenho escolar. Há ainda um efeito positivo de tipo "spillover" na medida em que recursos que seríam utilizados no tratamento dos díferentes problemas associados a falta de saúde, podem ser disponibilizados para utilizações alternativas ou a atenuar outras externalidades negativas como a pobreza de uma nação.Dada a importância da saúde, a sustentabilidade do financiamento do sector de saúde tem sido um tema central para investigadores e decisores de política. Os sistemas de saúde geridos pelo sector público têm sido ineficientes, apresentando elevados níveis de dívida enquanto símu!taneamente se têm revelado insuficientes para os seus utilizadores: a necessidade de reforma é imperativa. Um desafio chave para os decisores públicos é como simultaneamente resolver a deterioração das condições financeiras do seu serviço de saúde, introduzir reformas que respondam às ineficiências estruturais e desenvolver políticas de investimento credíveis. Assim, uma das nossas ênfases teóricas é sobre o financiamento público versus financiamento privado do sistema de saúde, num contexto de um modelo de crescimento endógeno. Considera-se como um fluxo na produção e na utilidade. Derivam-se regras de crescimento e de maximização da utilidade para a cobrança de impostos e afectação de despesa pública. Empiricamente, esta investigação estima as seguintes relações, usando Dados Estatísticos da OCDE (OECD Health Data)
Como a afectação da despesa pública em saúde afecta a produtividade do traba!ho?
Qual o impacto da despesa pública em saúde infantil sobre o desempenho escolar?
Como é que a inovação no sector de saúde, nomeadamente, o uso de medicamentos, afecta a esperança de vida e a qualidade de vida?Qual a relação entre a inovação no sector de saúde e o crescimento económico?
Qual a interacção entre inovação e a integração das tecnologias da saúde?Ao responder a estas questões, pretende-se promover a utiHzação eficiente de recursos, promovendo crescimento e desenvolvimento sustentados.
Centro de Investigação | Grupo de Investigação | Papel no Projeto | Data de Início | Data de Fim |
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BRU-Iscte | -- | Parceiro | 2010-03-01 | 2013-08-31 |
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Nome | Afiliação | Papel no Projeto | Data de Início | Data de Fim |
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Felipa Sampayo | Professora Auxiliar (com Agregação) (DE); Investigadora Associada (BRU-Iscte); | Investigadora Responsável | 2010-03-01 | 2013-08-31 |
Francisco Camões | -- | Investigador | 2010-03-01 | 2013-08-31 |
Sofia Vale | Vice-Reitor; Professora Associada (DE); Investigadora Integrada (BRU-Iscte); | Investigadora | 2010-03-01 | 2013-08-31 |
Código/Referência | DOI do Financiamento | Tipo de Financiamento | Programa de Financiamento | Valor Financiado (Global) | Valor Financiado (Local) | Data de Início | Data de Fim |
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104157 | -- | Contrato | Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P. - PTDC/2008 - Portugal | 0 | 0 | 2010-03-01 | 2013-08-31 |
Ano | Tipo de publicação | Referência Completa |
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2014 | Artigo em revista científica | de Mello-Sampayo, F. & Vale, S. (2014). Financing health care expenditure in the OECD countries: evidence from a heterogeneous, cross-sectional dependent panel. Panoeconomicus. 61 (2), 207-225 |
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