Existe um cada vez maior número de pessoas que sofrem, por períodos de meses ou anos, de dores persistentes que não estão associadas a qualquer tipo de doença ou de lesão. Os dados epidemiológicos internacionais referem que, em média, 35,5% das pessoas experienciam dor crónica (DC) e que 11% dos adultos apresentam DC grave e incapacitante. A guerra contra a dor tem uma história relativamente recente tanto a nível nacional como internacional, havendo ainda muito por fazer. De facto, a dor tem sido um dos tópicos de investigação mais negligenciados na história da medicina. É só com a Teoria do Portão (Melzack e Wall, 1965) que a dor, que era tradicionalmente vista como uma resposta directa e linear a um estímulo, passa a ser concebida como um fenómeno de natureza bio-psicosocial. Uma área de investigação recente que reflete uma abordagem do fenómeno da dor nas suas vertentes biológica, psicológica e sócio-cultural é aquela que procura analisar as variáveis relativas ao sexo e género na experiência de dor. Efetivamente, os estudos sobre o sexo e género na experiência de dor procuram integrar variáveis de natureza psicológica e social para uma melhor compreensão do fenómeno. Esta foi uma das constribuições mais gerais deste projecto. Partindo de evidências que apontam para diferenças de sexo na experiência de dor, este projeto procurou estabelecer uma ponte entre duas linhas de literatura que raramente se cruzavam: 1) a literatura sobre crenças de controlo e estratégias de coping, de natureza predominantemente individualista e psicológica; e 2) os estudos de género, que acrescentam uma perspectiva sociológica e psicossocial. O projeto partiu de uma abordagem geral sobre a forma como leigo/as e técnico/as de saúde (ex., enfermeira/os e médico/as de família) percebem a dor crónica e factores de género associados. Mais especificamente, procurou-se entender até que ponto as pessoas possuiam expectativas de papel de género face ao controlo sobre a dor e estratégias utilizadas para lidar com esta. Seguidamente, investigou-se como a presença de tais expectativas de papel de género influenciam a forma como técnico/as de saúde percebem o/as seus/suas pacientes com dor, o seu sofrimento e, em última instância, os processos de avaliação e tratamento da dor. Este projeto envolveu a triagulação de metodologias quantitativas (Estudos experimentais) e qualitativas (grounded-theory).
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Centro de Investigação | Grupo de Investigação | Papel no Projeto | Data de Início | Data de Fim |
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CIS-Iscte | Saúde para todos | Parceiro | 2010-04-04 | 2012-08-03 |
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Nome | Afiliação | Papel no Projeto | Data de Início | Data de Fim |
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Sónia F. Bernardes | Professora Associada (com Agregação) (DPSO); Investigadora Integrada (CIS-Iscte); | Investigadora Responsável | 2010-04-04 | 2012-08-03 |
Maria Luísa Soares Almeida Pedroso de Lima | Professora Catedrática (DPSO); Investigadora Integrada (CIS-Iscte); | Investigadora | 2010-04-04 | 2012-08-03 |
Sílvia Agostinho da Silva | Professora Catedrática (DRHCO); Investigadora Integrada (BRU-Iscte); | Investigadora | 2007-04-04 | 2009-08-03 |
Código/Referência | DOI do Financiamento | Tipo de Financiamento | Programa de Financiamento | Valor Financiado (Global) | Valor Financiado (Local) | Data de Início | Data de Fim |
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PTDC/PSI-PSO/099809/2008 | -- | Contrato | Fundação para a Ciência e Tecnologia - -- - Portugal | 42357 | 42357 | 2007-04-04 | 2009-08-03 |
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