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Freire, A. (2023). Os deputados. In Pedro Tavares de Almeida (Ed.), O parlamento português: Democracia. (pp. 105-172). Lisboa: Assembleia da República.
A. R. Freire, "Os deputados", in O parlamento português: Democracia, Pedro Tavares de Almeida, Ed., Lisboa, Assembleia da República, 2023, vol. 4, pp. 105-172
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TY - CHAP TI - Os deputados T2 - O parlamento português: Democracia VL - 4 AU - Freire, A. PY - 2023 SP - 105-172 CY - Lisboa UR - https://www.almedina.net/o-parlamento-portugu-s-volume-4-democracia-1688177126.html?gclid=CjwKCAiA75itBhA6EiwAkho9e2ThKdnz-71lhSj3PgdufMUoTjqJCUtPEApEZXW5WhqZD1dmUV2qSRoCGBsQAvD_BwE AB - O presente capítulo pretende analisar as três dimensões da representação política (a tradução de votos em mandatos, a representação política descritiva e a representação política substantiva) no Parlamento democrático português. Assim, em termos de análise empírica, o capítulo está dividido em três partes. Na primeira parte, sobre a tradução de sufrágios em lugares parlamentares, analisamos a fidelidade na representação dos diferentes partidos no parlamento português (e também no governo) ao longo do período democrático. O objetivo desta parte é aferir, nomeadamente através da análise das distribuições, mas também de índices de desproporcionalidade e do «número efetivo de partidos», em que medida as diferentes correntes políticas estão igualmente bem representadas ao nível do parlamento (e do governo) democrático português. Na segunda parte, sobre a representação política descritiva, começamos por avaliar os padrões de seleção dos candidatos a deputados, para depois analisarmos as características (género, idade, educação, profissão) destes últimos e as compararmos com as do eleitorado português, ao longo do período democrático. O objetivo é aferir em que medida o Parlamento português reflete, ou não, as principais características sociodemográficas da cidadania e, por essa via, funciona, ou não, como um «parlamento espelho». Aqui analisam-se também as carreiras políticas dos deputados portugueses, 1975-2019. Finalmente, na terceira parte, sobre a representação política substantiva, analisamos em que medida as preferências ideológicas da cidadania estão adequadamente representadas pelos seus eleitos (ou seja, quão congruentes são). O objetivo, neste último caso, é o de aferir da qualidade da democracia portuguesa em termos de representação ideológica. Estas três partes são ainda precedidas por uma introdução e uma seção de enquadramento teórico. O artigo termina depois com umas breves conclusões. Em termos de metodologia e dados, a primeira parte empírica compara distribuições de votos e lugares no parlamento, por partidos, fazendo uso das estatísticas oficiais (eleitorais e parlamentares) e apresentando como pano de fundo o tipo de sistema eleitoral português. Na segunda parte, usamos quer material qualitativo (estatutos partidários, entrevistas a dirigentes e candidatos, etc.) para aferir dos processos de seleção dos representantes, quer material quantitativo sobre as características sociodemográficas dos eleitores (censos) e dos representantes (baseados nas biografias dos deputados e inquéritos aos membros do parlamento) para testar a metáfora do «parlamento espelho» diacronicamente. Finalmente, para a parte terceira, sobre a representação política substantiva, com base em inquéritos a eleitores e eleitos, com perguntas semelhantes, compararemos as distribuições de preferências (ideologia e temas) dos dois grupos, por partido, para aferir da sua congruência ao longo do tempo. ER -