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Reis, F. (2017). Entre Etnografia, Sonoridades e Prática(s) Artística(s). XII Encontros da Primavera: Fazer Antropologia, Organização: UTAD e Fragua; Picote, 2-4 de junho.
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F. M. Reis,  "Entre Etnografia, Sonoridades e Prática(s) Artística(s)", in XII Encontros da Primavera: Fazer Antropologia, Organização: UTAD e Fragua; Picote, 2-4 de junho., 2017
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	author = "Reis, F.",
	title = "Entre Etnografia, Sonoridades e Prática(s) Artística(s)",
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TY  - CPAPER
TI  - Entre Etnografia, Sonoridades e Prática(s) Artística(s)
T2  - XII Encontros da Primavera: Fazer Antropologia, Organização: UTAD e Fragua; Picote, 2-4 de junho.
AU  - Reis, F.
PY  - 2017
AB  - Matéria fluida para construção da(s) identidade(s) (Pais de Brito 2005) o som e as sonoridades são, no entanto, parte fundamental do nosso ser no mundo. Como também assinala Ruth Finnegan, a nossa experiência do mundo é, em grande medida, uma experiência sonora (Finnegan 2003). Como é evidente os antropólogos nunca deixaram de ter os ouvidos bem abertos; a disciplina funda-se, parcialmente, na ideia de ir para um sítio, de preferência longínquo, e dedicar muito tempo a ouvir o que as pessoas dizem, a ouvir o que dizem sobre o que fazem e a ouvir o que pensam sobre o que uns e outros dizem e fazem. Em suma, um dos segredos para fazer antropologia é saber escutar e estar disponível para escutar e nos recentes estudos sobre antropologia do som fala-se de “escuta profunda” (deep listening) (Bull & Les Back 2003). 
Partindo destas ideias, esta comunicação procede a uma reflexão sobre o processo de realização de duas peças sonoras produzidas pelo autor para exposições e um trabalho mais recente enquanto formador e cocriador de um espetáculo com jovens músicos: (S)woundscapes baseada em relatos de refugiados em Portugal; O Patrão é o Mar baseada em captações de sons e imagens realizadas numa pequena aldeia piscatória do sul de Portugal; Música Pobre, um espetáculo produzido no âmbito da Bienal of Contemporary Arts (BOCA). A primeira integrou a exposição Woundscapes: sofrimento, criatividade e vida nua (Museu da Cidade. Lisboa 2012; Centro Universitário Maria Antonia, USP, S. Paulo); a segunda foi realizada para o V Congresso da Associação Portuguesa de Antropologia (Vila Real, Portugal, 2012). Neste dois casos o trabalho de realização decorreu em estreita colaboração com colegas antropólogos com experiência de pesquisa sobre os sujeitos (refugiados e pescadores) representados em ambas as peças sonoras. No caso do espetáculo Musica Pobre, uma equipa multidisciplinar que incluía formadores vindos da antropologia, das artes cénicas e da engenharia acústica, trabalharam com jovens estudantes de música com objetivo de criar uma performance sonora e visual. Através da reconstrução do processo de realização, produção e participação nestas obras, a comunicação propõe uma reflexão acerca do uso do som enquanto meio e forma de representação cultural, descrevendo e analisando as opções metodológicas e estéticas que estiveram na base da sua conceção. 

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