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Silva, José Pedro., Mineiro, João., Lopes, J.M.T., Sebastião, João & Estanque, E. (2018). Um olhar sociológico sobre a praxe académica. X Congresso Português de Sociologia.
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J. P. Silva et al.,  "Um olhar sociológico sobre a praxe académica", in X Congr.o Português de Sociologia, 2018
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	title = "Um olhar sociológico sobre a praxe académica",
	year = "2018"
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TY  - CPAPER
TI  - Um olhar sociológico sobre a praxe académica
T2  - X Congresso Português de Sociologia
AU  - Silva, José Pedro.
AU  - Mineiro, João.
AU  - Lopes, J.M.T.
AU  - Sebastião, João
AU  - Estanque, E.
PY  - 2018
AB  - A praxe académica é um fenómeno social complexo e multidimensional, com raízes históricas antigas mas
permanentemente reinventado. Dele fazem parte um conjunto de práticas ritualizadas através das quais,
anualmente, os estudantes mais velhos recebem a maior parte dos novos alunos das suas instituições ou
cursos. Neste sentido, a praxe académica pode ser analisada, ainda que de forma incompleta, enquanto um
ritual de iniciação e passagem, através do qual os recém-chegados ao grupo são transformados em
membros de pleno direito após um processo que implica a sua morte simbólica, um período liminar e a
ressurreição com uma nova identidade. Este tipo de ritual implica a sujeição dos mais novos a um conjunto
de testes e jogos impostos pelos mais velhos de acordo com uma lógica de poder assente na antiguidade.
Lógica de poder essa dotada de uma forte componente simbólica, isto é, eficaz porque capaz de se
apresentar como natural e legítima, tornando-se assim invisível aos olhos de quem submete. São comuns
manifestações de violência física, psicológica e simbólica de grau variável. Baseando-se num estudo mais
alargado sobre a praxe académica em Portugal e tendo como suporte dados obtidos a partir de trabalho de
campo realizado em seis distritos do país, esta comunicação irá caracterizar os rituais de praxe. Mostrar-se-á
que, apesar da diversidade de práticas que caracterizam esta realidade e das variações existentes entre
cursos e instituições, existem vários traços transversais aos diversos tipos de praxes que foi possível
observar, o que lhes confere unidade. Assim, veremos que estas atuam como mecanismos de socialização,
comunicando valores e inculcando disposições. Para além disso, mostraremos que elas contribuem de forma
decisiva para a construção de uma ideia de identidade coletiva dos estudantes, promovendo a construção de
grupos diferenciados e marcando fronteiras vincadas face a quem se encontra no seu exterior, ao mesmo
tempo que geram uma estrutura de posições diferenciadas entre os elementos desses grupos.
ER  -