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Nunes, Francisco Oneto (2018). Da Semente à Estrela: Variações sobre o tema da circularidade. Colóquio Internacional Modos de Fazer Porto, 17 a 19 de outubro de 2018.
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F. M. Nunes,  "Da Semente à Estrela: Variações sobre o tema da circularidade", in Colóquio Internacional Modos de Fazer Porto, 17 a 19 de outubro de 2018, Porto, 2018
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@misc{nunes2018_1730780202236,
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TY  - CPAPER
TI  - Da Semente à Estrela: Variações sobre o tema da circularidade
T2  - Colóquio Internacional Modos de Fazer Porto, 17 a 19 de outubro de 2018
AU  - Nunes, Francisco Oneto
PY  - 2018
CY  - Porto
UR  - https://waysofmaking2018.wixsite.com/making2018
AB  - Escreveu Tim Ingold em 1991, no prefácio a um dos mais interessantes trabalhos de Antropologia Marítima dessa época que «…we should turn seawards to rediscover the continuities of the dwelt-in world». Alargando o âmbito da referência aos modos de vida associados ao mar, é também na forma como se processa a circulação da água entre os oceanos, a terra e a atmosfera, atravessando diferentes estados, que se exprime hoje uma perturbação global nos sistemas de suporte à vida, pela perda da biodiversidade e pelos excessos da poluição e da depredação dos recursos terrestres. Para além do ciclo hidrológico, o tema da circularidade contamina formas, expressões, ideias, saberes e modos de fazer, na arte, na ciência e na vida. A recorrência dos motivos circulares subjacentes à pendularidade e à alternância, das motricidades aos ritmos das sementeiras e das chuvas, das marés e das estrelas, convoca-nos para um exercício em torno da multiplicidade dos seus emaranhados criativos. É um facto que, no decurso das últimas décadas, sob os impactos sistémicos do neoliberalismo, das alterações climáticas e da sexta extinção e massa, a imaginação teórica da Antropologia enriqueceu significativamente a produção disciplinar com um interesse crescente pela fenomenologia, depois com o chamado ‘ontological turn’ e com os debates em torno da era do Antropoceno. Desta viragem emergiram narrativas paradigmaticamente inovadoras sobre as continuidades, a fluidez e as interdependências profundas de um mundo partilhado de senciência, agencialidade e intencionalidade, onde humanos e não-humanos se perspectivam segundo diferentes modos de viver ou de ‘fazer mundos’ para a vida em comum. Argumentarei que, em múltiplas latitudes culturais e diferentes contextos históricos e sociológicos, uma das expressões privilegiadas deste pluriverso de continuidades diferenciadas é o da circularidade da própria vida inscrita no devir da existência humana, na linguagem, nas práticas relacionais, no conhecimento como na economia. Para tanto, partindo dos dados da minha pesquisa anterior sobre o tema da roda (a ‘má-roda’ no contexto piscatório do Litoral Central Português), procurarei identificar novos domínios de relevância para a exploração temática das circularidades, desde logo, pela conexão entre os movimentos cíclicos e os sentidos humanos da verticalidade, da luz e da atmosfera.
ER  -