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Vaz da Silva, Francisco (1996). Capuchinho vermelho I: Perrault e a tradição oral. Estudos de Literatura Oral. 2, 217-239
F. G. Silva, "Capuchinho vermelho I: Perrault e a tradição oral", in Estudos de Literatura Oral, no. 2, pp. 217-239, 1996
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TY - JOUR TI - Capuchinho vermelho I: Perrault e a tradição oral T2 - Estudos de Literatura Oral IS - 2 AU - Vaz da Silva, Francisco PY - 1996 SP - 217-239 SN - 0873-0547 UR - http://www.ceao.info/elo/2/ AB - Este artigo examina a relação entre Le Petit Chaperon Rouge de Perrault e a tradição oral do Capuchinho Vermelho. O nosso ponto de partida é a afirmação de Paul Delarue de que Perrault ficou próximo da tradição oral do conto AaTh 333, mesmo tendo omitido detalhes cruciais a acrescentado outros pouco importantes. Esta análise pretende mostrar que as "omissões" e "adições" feitas por Perrault são de facto transformações temáticas perante as quais o especialista seguiu cuidadosamente o sentido dos motivos tradicionais no próprio acto de os modificar. A comparação entre o texto literário do séc. XVII e as variantes orais recolhidas por folcloristas modernos revela, de facto, que a hábil manipulação de símbols feita por Perrault se relacionava com uma estranha história de incesto em tons de sangue feminino, centradas num duplo acto de devoração num registo "anti-baptismal", e pensou em termos de apetitte lupino. A revelação deste universo semântico em Le Petit Chaperon Rouge convida a que se leia o texto de Perrault como uma transformação legítima dentro do quadro conceptual dum tema singular constantemente recriado através da diversidade de narrativas tradicionais que — como podemos ver — não podem ser reduzidas ao universo das narrativas orais. ER -