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Nunes, N., Cachado, R. & Cachado, R. (2016). Fernando Amaral: dominação e resistência. In Amândio, S.L, Abrantes, P.. & Lopes, J.T.  (Ed.), A Vida Entre Nós- Sociologia em Carne Viva. (pp. 109-119). Porto: Deriva Editores.
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N. F. Nunes et al.,  "Fernando Amaral: dominação e resistência", in A Vida Entre Nós- Sociologia em Carne Viva, Amândio, S.L, Abrantes, P.. & Lopes, J.T. , Ed., Porto, Deriva Editores, 2016, vol. 1, pp. 109-119
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TY  - CHAP
TI  - Fernando Amaral: dominação e resistência
T2  - A Vida Entre Nós- Sociologia em Carne Viva
VL  - 1
AU  - Nunes, N.
AU  - Cachado, R.
AU  - Cachado, R.
PY  - 2016
SP  - 109-119
CY  - Porto
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AB  - Fernando Amaral, de 55 anos, nasceu e viveu a infância e juventude em Trás-Os-Montes. Oriundo de uma família muito pobre e com dezoito irmãos, desde tenra idade que sentiu na pele a exploração do Fascismo em Portugal. Sai da escola aos onze anos e começa a trabalhar. Com a Revolução de 1974, as suas condições de vida e laborais melhoram. Vem para a Região de Lisboa trabalhar para a construção civil. Na década de oitenta, torna-se operário da função pública. Retoma os estudos. Envolve-se na atividade política a seguir ao “25 de Abril”, é militante do PCP e foi dirigente associativo de coletividades em Odivelas, onde atualmente reside. 
O caso de Fernando Amaral constitui um desafio à investigação sociológica: a partir dela é possível avançarmos no conhecimento sobre a ação coletiva à escala individual, questionarmos as teorias hegemónicas da sociologia dos movimentos sociais e propormos os retratos sociológicos como uma adequada ferramenta teórico-metodológica para o estudo da ação coletiva nas sociedades contemporâneas. O retrato sociológico de Fernando Amaral, que aqui se apresenta, reflete a singularidade de um determinado percurso biográfico de ação coletiva, que resiste nas margens dos discursos dominantes e legitimadoras da cidadania e participação democráticas.
As entrevistas foram realizadas em casa de Fernando Amaral. Foram “portas que se abriram” e que imediatamente nos revelaram a realidade dura das suas condições de vida. As distâncias sociais foram sendo progressivamente quebradas à medida que desvendávamos as teias do seu mundo social, até atingirmos uma cumplicidade fraterna que justificava continuarmos a nossa interação entrevistador-entrevistado.
ER  -