Capítulo de livro
Fernando Amaral: dominação e resistência
Nuno Nunes (Nunes, N.); Rita Ávila Cachado (Cachado, R.); Rita Ávila Cachado (Cachado, R.);
Título Livro
A Vida Entre Nós- Sociologia em Carne Viva
Ano (publicação definitiva)
2016
Língua
Português
País
Portugal
Mais Informação
Web of Science®

Esta publicação não está indexada na Web of Science®

Scopus

Esta publicação não está indexada na Scopus

Google Scholar

N.º de citações: 0

(Última verificação: 2024-12-16 19:00)

Ver o registo no Google Scholar

Abstract/Resumo
Fernando Amaral, de 55 anos, nasceu e viveu a infância e juventude em Trás-Os-Montes. Oriundo de uma família muito pobre e com dezoito irmãos, desde tenra idade que sentiu na pele a exploração do Fascismo em Portugal. Sai da escola aos onze anos e começa a trabalhar. Com a Revolução de 1974, as suas condições de vida e laborais melhoram. Vem para a Região de Lisboa trabalhar para a construção civil. Na década de oitenta, torna-se operário da função pública. Retoma os estudos. Envolve-se na atividade política a seguir ao “25 de Abril”, é militante do PCP e foi dirigente associativo de coletividades em Odivelas, onde atualmente reside. O caso de Fernando Amaral constitui um desafio à investigação sociológica: a partir dela é possível avançarmos no conhecimento sobre a ação coletiva à escala individual, questionarmos as teorias hegemónicas da sociologia dos movimentos sociais e propormos os retratos sociológicos como uma adequada ferramenta teórico-metodológica para o estudo da ação coletiva nas sociedades contemporâneas. O retrato sociológico de Fernando Amaral, que aqui se apresenta, reflete a singularidade de um determinado percurso biográfico de ação coletiva, que resiste nas margens dos discursos dominantes e legitimadoras da cidadania e participação democráticas. As entrevistas foram realizadas em casa de Fernando Amaral. Foram “portas que se abriram” e que imediatamente nos revelaram a realidade dura das suas condições de vida. As distâncias sociais foram sendo progressivamente quebradas à medida que desvendávamos as teias do seu mundo social, até atingirmos uma cumplicidade fraterna que justificava continuarmos a nossa interação entrevistador-entrevistado.
Agradecimentos/Acknowledgements
--
Palavras-chave
domination, resistance, collective action
Projetos Relacionados

Esta publicação é um output do(s) seguinte(s) projeto(s):