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Marques, J.S. & Luísa Veloso (2019). O precariado artístico: tendências de mercantilização e contra-movimentos. 2º Encontro Anual de Economia Política .
J. S. Marques and M. L. Veloso, "O precariado artístico: tendências de mercantilização e contra-movimentos", in 2º Encontro Anual de Economia Política , Coimbra, 2019
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TY - CPAPER TI - O precariado artístico: tendências de mercantilização e contra-movimentos T2 - 2º Encontro Anual de Economia Política AU - Marques, J.S. AU - Luísa Veloso PY - 2019 CY - Coimbra AB - A comunicação pretende analisar a formação do “precariado artístico” em Portugal e no Brasil, a partir da análise do duplo movimento de mercantilização do trabalho no setor artístico e das disputas por desmercantilização através de diferentes dinâmicas de organização e ação coletiva. A análise é inspirada na obra seminal de Polanyi (1944), proclamada a obra “mais profética” de economia política no século XX, mas também nas suas releituras e críticas contemporâneas (Burawoy 2010; Fraser 2011; Evans 2015). A nossa análise comparativa dos coletivos teatrais em Portugal e no Brasil vai ao encontro da literatura que destaca o trabalho artístico enquanto precursor das formas contemporâneas de “hiper-flexibilização” do trabalho. No entanto, apesar da sua forte precariedade e escassa representação nas formas tradicionais de auto-organização política dos trabalhadores, o nosso estudo identificou também múltiplas resistências de grupos de trabalhadores-artistas que procuram formas de ação coletiva. Se, por um lado, os contra-movimentos deste precariado artístico são contidos pela submissão dos regimes nacionais aos constrangimentos do capitalismo global, por outro lado, são observáveis algumas tendências de articulação global desses contra-movimentos que, embora insuficientes para produzir uma nova “grande transformação”, contêm elementos de resistência com potencial transformador. ER -