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Bussotti, L. & Martins, T. (2019). Marcas do desterro. Moçambicanos deportados para São Tomé e Príncipe (1947-1961): história, estórias, atualidade. Tempo e Argumento. 11 (27), 08-42
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L. Bussotti and T. Martins,  "Marcas do desterro. Moçambicanos deportados para São Tomé e Príncipe (1947-1961): história, estórias, atualidade", in Tempo e Argumento, vol. 11, no. 27, pp. 08-42, 2019
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TY  - JOUR
TI  - Marcas do desterro. Moçambicanos deportados para São Tomé e Príncipe (1947-1961): história, estórias, atualidade
T2  - Tempo e Argumento
VL  - 11
IS  - 27
AU  - Bussotti, L.
AU  - Martins, T.
PY  - 2019
SP  - 08-42
SN  - 2175-1803
DO  - 10.5965/2175180311272019008
UR  - http://revistas.udesc.br/index.php/tempo/article/view/2175180311272019008
AB  - Durante o colonialismo português, centenas de pessoas foram deportadas das colónias lusitanas africanas para São Tomé e Príncipe. A partir do século XIX, com a inserção de Portugal na economia internacional como país fornecedor de matéria-prima, periférico e dependente, a modalidade de abastecimento humano da colónia de produção de São Tomé e Príncipe ocorreu mediante o trabalho forçado, formalmente alternativo à escravatura, que já não era permitida. O artigo aqui apresentado pretende ilustrar os mecanismos que fizeram com que esta migração forçada se tornasse possível, até ao início dos anos sessenta do século XX, concentrando a análise no caso moçambicano. A pesquisa adotou uma abordagem histórica, na primeira parte, e uma antropológica e etnográfica na segunda, com entrevistas junto a alguns dos antigos trabalhadores moçambicanos deportados em São Tomé e Príncipe, a alguns repatriados em Moçambique e a testemunhas-chave dos dois lados. A investigação revelou uma realidade histórica – a do desterro - ainda muito pouco conhecida, juntamente com uma situação atual ignorada por parte quer do Estado moçambicano, quer do português. Este último ainda não assumiu a responsabilidade histórica das graves violações dos direitos humanos mais básicos destes deportados, ao passo que o primeiro nada fez, até agora, para aliviar a condição existencial destes seus cidadãos, hoje muito velhos e pobres e completamente dependentes da assistência humanitária.
ER  -