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Carvalho da Silva, V. & Azevedo, L. (2021). O biográfico é social: reflexões em torno de uma prática colaborativa em sociologia. XI Congresso Português de Sociologia.
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V. P. Silva and L. M. Azevedo,  "O biográfico é social: reflexões em torno de uma prática colaborativa em sociologia", in XI Congr.o Português de Sociologia, Online, 2021
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TY  - CPAPER
TI  - O biográfico é social: reflexões em torno de uma prática colaborativa em sociologia
T2  - XI Congresso Português de Sociologia
AU  - Carvalho da Silva, V.
AU  - Azevedo, L.
PY  - 2021
CY  - Online
UR  - https://xi-congresso-aps.eventqualia.net/pt/2020/inicio/
AB  - Enquadrada num painel de reflexão sobre o "método biográfico" e a sua multiplicidade de aplicações na
investigação nacional, esta proposta de comunicação parte do reconhecimento da relevância da prática
reflexiva continuada num processo de construção de conhecimento, e do enriquecimento proporcionado
pelos momentos de partilha entre investigadores/doutorandos para as suas reflexividades e trajetos
individuais de pesquisa.
Duas doutorandas em Sociologia, após a descoberta de que ambas iriam recorrer ao "método biográfico" no
seu trabalho de terreno, iniciaram uma série de conversas informais, pondo em comum dúvidas,
experiências e sentimentos acerca das suas respetivas investigações. Dessas conversas, resultou a decisão
de ler em conjunto "Le récit de vie" (Bertaux, 1997), autor com quem foram estabelecendo uma relação
dialógica ao longo dos capítulos. Como realça o autor, o ideal é "poder trabalhar num grupo de dois ou de
três, ou no seio de uma equipa mais alargada" (2016 [1997]: 97), porque trabalhar em equipa significa uma
pluralidade e complementaridade de ‘lentes’, o que enriquece a pesquisa independentemente do seu objeto.
Nesta comunicação serão apresentados alguns resultados desta reflexão e deste trilho conjunto percorrido
em torno de uma metodologia bastante utilizada na sociologia, porém ainda pouco realçada e discutida nos
trabalhos académicos, uma constatação corroborada por um levantamento sistemático realizado no quadro
do projeto FCT “ecos biográficos”. Constatação que torna ainda mais premente o diálogo entre quem recorre
a uma abordagem biográfica, extravasando e complementando a reflexão metodológica de cada um/a.
Ao longo do tempo, para além do método, outros elementos foram cruzando os percursos (de vida) destas
investigadoras, nomeadamente a descoberta de ligações evidentes entre os dois objetos de pesquisa que
inicial e aparentemente, pouco ou nada teriam em comum: por um lado, as disposições e reflexividades dos
adultos pouco escolarizados em Portugal e, por outro, a transição para a reforma de casais emigrantes
portugueses na Suíça. Alimentadas pela reflexividade uma da outra, foram-se apercebendo de que forma(s)
é que o terreno de uma estava presente no terreno da outra e vice-versa. Por exemplo, em ambos os casos,
as narrativas de vida dão conta de indivíduos pouco escolarizados que não retomaram a educação formal,
de percursos migratórios nacionais e internacionais e da inscrição dum “tempo biográfico” num “tempo
histórico coletivo” (idem, p. 84), etc.
Em suma, ambas as pesquisas têm reconhecido a grande utilidade do recurso às narrativas na revelação de
mecanismos sociais, permitindo apreender as lógicas por detrás dos mesmos, pelo que se considera uma
mais-valia a sistematização desta prática metodológica colaborativa no exercício de uma certa «vigilância
epistemológica» e uma, essencial «reflexividade reflexiva» (Bourdieu, 2011: 174).
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