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Évora, M. A. (2022). Ricos e pobres no sudoeste Alentejano: Os efeitos da produção agrícola de frutos vermelhos e da imigração na freguesia de São Teotónio.
M. A. Évora, "Ricos e pobres no sudoeste Alentejano: Os efeitos da produção agrícola de frutos vermelhos e da imigração na freguesia de São Teotónio",, 2022
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TY - GEN TI - Ricos e pobres no sudoeste Alentejano: Os efeitos da produção agrícola de frutos vermelhos e da imigração na freguesia de São Teotónio AU - Évora, M. A. PY - 2022 UR - https://repositorio.iscte-iul.pt/handle/10071/25601 AB - Nas últimas décadas, a Freguesia de São Teotónio, no Litoral Alentejano, tem sido o centro de grandes investimentos agrícolas, que têm incidido na produção de frutos vermelhos. Estes investimentos recorreram a mão-de-obra imigrante, oriunda da Europa de Leste e da Ásia do Sul, alterando as dinâmicas sociais, culturais e económicas da região. Partindo da obra “Ricos e Pobres no Alentejo”, de José Cutileiro (1977), esta dissertação pretende dar conta de quais foram essas alterações, e que implicações tiveram na vida da população. Enquadrando estes investimentos como um caso de estudo para o Capitaloceno, uma época geológica marcada pela industrialização e pela globalização económica, e que está a levar a grandes alterações climáticas na Terra, compreendemos que, apesar da produção de frutos vermelhos ter fomentado a circulação de dinheiro na economia da região, grande parte da população se sente descontente com as transformações ocorridas. Nos seus discursos, há uma separação da esfera económica e social nas consequências da agricultura. Como subtópicos, desenvolvemos os aspetos mais discutidos nas entrevistas e no trabalho de campo realizados na vila-capital da freguesia: as motivações dos trabalhadores imigrantes; as condições laborais do trabalho agrícola; a estranheza cultural entre a comunidade portuguesa e as imigrantes; a falta de habitação e serviços para toda a população; a incerteza do futuro deste sector em São Teotónio, sobretudo pela falta de água. Concluímos ainda que a dicotomia entre “ricos” e “pobres” se mantém no mundo agrícola do Alentejo, apesar das suas características atuais serem diferentes das características dos anos setenta. ER -