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Pintassilgo, S., Alarcão, V., Candeias, P. & Évora, M. A. (2022). Medicalização do nascimento, intervenções e experiências de parto num Portugal multicultural. VI Congresso Português de Demografia.
S. I. Pintassilgo et al., "Medicalização do nascimento, intervenções e experiências de parto num Portugal multicultural", in VI Congr.o Português de Demografia, Lisboa, 2022
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TY - CPAPER TI - Medicalização do nascimento, intervenções e experiências de parto num Portugal multicultural T2 - VI Congresso Português de Demografia AU - Pintassilgo, S. AU - Alarcão, V. AU - Candeias, P. AU - Évora, M. A. PY - 2022 CY - Lisboa UR - https://apd2022.net/ AB - O nascimento em Portugal caracteriza-se pela medicalização e vigilância social. Cerca de 97% dos partos ocorre em contexto hospitalar, a frequência dos partos em hospitais privados aumentou, e a frequência dos nascimentos por cesariana assume resultados acima dos recomendados pela OMS. Sabendo-se que as condições assistenciais do nascimento são determinantes para os resultados em saúde materna e infantil, não é linear a associação entre alguns indicadores de medicalização do nascimento e os melhores resultados em saúde, nos quais se incluem os resultados em mortalidade e morbilidade materna e, de forma mais abrangente, a satisfação de expectativas da população fecunda face ao nascimento. Essas expectativas, bem como as condições de assistência ao nascimento, são determinadas pelo perfil social e demográfico dos indivíduos, potenciando desigualdades acrescidas nos resultados em saúde materna e infantil. Essas desigualdades acentuam-se no caso de população com características específicas, como sejam as populações imigrantes de países terceiros. Os dados estatísticos oficiais disponíveis sobre as condições do nascimento são redutores na capacidade de mapear o conjunto de intervenções obstétricas e hospitalares que caracterizam o parto – cingindo-se à distinção entre parto eutócico (vaginal) e distócico, nas suas três variantes (cesarianas, com fórceps, com ventosas) –, e não permitem avaliar a satisfação e resultados abrangentes em saúde materna e infantil decorrentes das intervenções no parto. Esta comunicação visa analisar as intervenções e a satisfação no parto em Portugal, de população imigrante e portuguesa autóctone, numa perspetiva comparativa. Para tal, são mobilizados os dados de um inquérito por questionário do projeto FEMINA (PTDC/SOC-SOC/30025/2017), aplicado em 2020 a 400 mulheres e homens nascidos em Portugal e em Cabo Verde, residentes na área da Grande Lisboa. Na análise, considera-se um conjunto de 10 intervenções no parto, de que são exemplo a episiotomia, o contacto pele a pele, o uso de CTG contínuo e a anestesia epidural. Os resultados revelam similaridades e dissemelhanças, de acordo com a naturalidade e o género, sugerindo, por um lado, a rotinização de procedimentos institucionalizados no parto, e, por outro, uma diferenciação de acordo com as características dos indivíduos. ER -