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Lapa, T. (2023). Entre o Determinismo Tecnológico e o Construtivismo Social: Uso do telemóvel e bem-estar subjetivo en- tre os jovens portugueses. XII Congresso Português de Sociologia.
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T. J. Silva,  "Entre o Determinismo Tecnológico e o Construtivismo Social: Uso do telemóvel e bem-estar subjetivo en- tre os jovens portugueses", in XII Congr.o Português de Sociologia, Coimbra, 2023
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	author = "Lapa, T.",
	title = "Entre o Determinismo Tecnológico e o Construtivismo Social: Uso do telemóvel e bem-estar subjetivo en- tre os jovens portugueses",
	year = "2023",
	howpublished = "Ambos (impresso e digital)",
	url = "https://xii-congresso-aps.eventqualia.net/pt/2023/inicio/"
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TY  - CPAPER
TI  - Entre o Determinismo Tecnológico e o Construtivismo Social: Uso do telemóvel e bem-estar subjetivo en- tre os jovens portugueses
T2  - XII Congresso Português de Sociologia
AU  - Lapa, T.
PY  - 2023
CY  - Coimbra
UR  - https://xii-congresso-aps.eventqualia.net/pt/2023/inicio/
AB  - Uma preocupação inicial sobre o impacto social das tecnologias digitais tem sido estabelecer uma relação
entre o que é considerado um “uso problemático” (cuja definição pode ser considerada como socialmente
construída e cientificamente discutível) e potenciais impactos negativos sobre o capital social, sentimentos
de solidão, problemas pessoais e bem-estar subjetivo dos utilizadores (Kraut et al. 1998). A literatura tem
mostrado associações entre um putativo uso problemático das tecnologias digitais e impactos negativos na
vida social e pessoal dos utilizadores (Muusses et al., 2014), o que por sua vez tem promovido algum
discurso académico inclinado para o determinismo tecnológico (Wyatt, 2018) e o pânico moral a ele
associado (Neves, 2013). Tem-se reconhecido fatores psicossociais que precedem a influência dos
dispositivos digitais (Zhou, 2021), mas adotar uma postura social construtivista como uma compreensão
alternativa do uso da tecnologia pode neutralizar o efeito da tecnologia como um todo. Pode-se argumentar
que o determinismo tecnológico é uma verdade parcial, uma vez que as características específicas das
tecnologias também importam (MacKenzie e Wajcman, 1999). Recorrendo a uma amostra de 600 casos de
jovens adultos portugueses, selecionados de acordo com quotas proporcionais por região, dimensão do
habitat, idade e género, consideramos, por um lado, como se encontram socialmente distribuídos os níveis
de bem-estar de acordo com fatores como género, educação, ocupação e composição familiar e, por outro
lado, analisamos o papel da satisfação com as dimensões centrais da vida (família, amigos, estudo ou
trabalho e tempo livre) como variáveis de controle para os efeitos potenciais dos tipos de uso do telemóvel.
Com inspiração na abordagem de “affordance” (que reconhece possibilidades para a ação) e explorando o
peso relativo dos fatores sociais e das práticas tecnológicas no bem-estar subjetivo dos inquiridos,
consideramos a hipótese de que a insatisfação com as dimensões da vida promove uma utilização mais
intensa e putativamente “problemática” dos dispositivos móveis. Com este suporte empírico, esperamos
contribuir para o debate sobre os efeitos das tecnologias digitais e móveis e para a compreensão parcial do
nexo causal que a envolve.
ER  -