Comunicação em evento científico
A expansão de Lisboa oitocentista
Paula André (André, P.);
Título Evento
Doutoramento em História da Arte
Ano (publicação definitiva)
2015
Língua
Português
País
Portugal
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Abstract/Resumo
Partindo objectivamente da complexa e contraditória realidade contemporânea, a sessão A expansão de Lisboa no século XIX pretende dar a ver com sentido de ler, através da imagem pensativa (Jacques Rancière) o território transformado em paisagem urbana através de um processo de artealização (Alain Roger), tendo como objecto de análise privilegiado a morfologia urbana da Lisboa Oitocentista. A Paisagem Urbana tem sido tema de investigação e reflexão em ensaios, exposições, plataformas e seminários, que a partir de uma caracterização do presente ambiente construído e trabalhando numa convergência dos saberes (arquitectura, urbanismo, geografia, economia, história, antropologia, filosofia, sociologia, arte, design…), procuram debater visões prospectivas das quais resulta um vasto reportório conceptual. A socióloga Saskia Sassen no seu livro Expulsions – Brutality and Complexity in the Global Economy (2014) afirma que a mundialização entrou numa fase de “expulsão”, salientando a nova dinâmica sistémica, complexa e radical, referindo-se ao número crescente de pessoas, de empresas e de lugares físicos que foram “expulsos” da ordem económica e social. A autora chama também a atenção para o facto de os expulsos se reapropriarem do espaço público, referindo que os invisíveis da mundialização criam território, nomeando o movimento Occupy e seus derivados “indignados” como “globalização do protesto”. A exposição Uneven Growth: Tactical Urbanisms for Expanding Megacities, comissariada pelo arquitecto Pedro Gadanho, e realizada no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque assumiu-se como plataforma de expressão do urbanismo táctil em mega-cidades, ambicionando provocativamente lançar a discussão em torno dos modos como se podem estabelecer colaborações de conhecimento entre o local e o global e criar novas visões e soluções realistas ou alternativas. A Plataforma de Discussão sobre o Futuro das Cidades – Arq.Futuro, quando organizou o seminário Cidades Performáticas: uma discussão sobre arte, arquitectura e espaço público, e que procurou debater o papel da cultura como elemento de transformação urbana, pretendeu afirmar “a cidade como o grande palco; a arquitectura como (re)invenção e a criatividade como elemento transformador das relações individuo/ambiente”. Conscientes dos novos territórios urbanos e periurbanos e das visões geradas por estes, e assumindo uma visão holística, a abordagem da Paisagem Urbana deve ter presente contribuições artísticas (Paul Scheerbart, Ludwig Meidner, Otto Dix, George Grosz, Max Ernst, Giorgio de Chirico, Edward Hopper, Piet Mondrian, Louise Bourgeois, Robert Smithson, Gordon Matta-Clark), estéticas (Alain Roger, Robert Rosenblum, Hugh Honour, Francisco Calvo Serraller, Iria Candela, Anna Maria Guasch, Javier Maderuelo, Simón Marchán, Eduardo Subirats), filosóficas (Guy Debord, José Ortega y Gasset), antropológicas (Marc Augé), sociológicas (Paul Virilio, Manuel Castells), mediático-comunicacionais (Regis Debray, William J. Mitchell, Javier Echeverría) ou arquitectónico-urbanísticas (Henri Lefebvre, Gilles Clément, Rem Koolhaas, Juhani Pallasmaa).
Agradecimentos/Acknowledgements
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Palavras-chave
urbanismo Lisboa