A RETALIAÇÃO É ESCAMOTEADA NAS PRISÕES MODERNAS
Event Title
As prisões e as mulheres
Year (definitive publication)
2017
Language
Portuguese
Country
Portugal
More Information
Web of Science®
This publication is not indexed in Web of Science®
Scopus
This publication is not indexed in Scopus
Google Scholar
This publication is not indexed in Google Scholar
This publication is not indexed in Overton
Abstract
Da Revolução Francesa, as ciências sociais têm enfatizado as descontinuidades nas práticas sociais que provocou. A civilização ocidental, porém, caracteriza-se por continuidades que podem ser identificadas. Nomeadamente para compreender as contingências e limitações na concretização das orientações modernas. A forma mais conhecida das sociedades modernas se realizarem é a construção de sistemas e subsistemas, caracterizada pelo estrutural-funcionalismo. A construção de estados nacionais e a multiplicação de hierarquias de institui-ções dentro de fronteiras. As teorias sociais têm-se interessado por mostrar e fazer a apolo-gia dessa construção, desinteressando-se pelas continuidades e resistências sociais persis-tentes sob esse labor dos poderosos em fazer o mundo de acordo com o planeado.
Se o saber e o poder caminham de mãos dadas, como entendeu Foucault, mostram aquilo que lhes interessa e escamoteiam o que não lhes interessa, escamoteiam continuidades civi-lizacionais que denunciariam os modernos como seres humanos iguais aos outros, mais primi-tivos, atrasados, escuros ou violentos do que aquilo que gostamos de nos pensar. Em concre-to, colocam atrás de muros práticas sacrificiais oficiais, camufladas por fumos de criminalida-de. O que o filósofo não explicou foi a singular discriminação contra os homens, a esmagado-ra maioria dos presos, que tais práticas incluem.
Acknowledgements
--
Keywords
mulheres,prisões,discriminação,retaliação
Português