A investigação científica tem documentado que as pessoas que realizam trabalho sexual estão sujeitas a diferentes tipos de violências, sendo as pessoas trans (e, em particular, as mulheres trans) quem se encontra mais vulneráveis à vitimação. Neste sentido, foi desenvolvido um estudo etnográfico nos contextos de prostituição de rua, na zona do Conde de Redondo, em Lisboa, com o objetivo de conhecer e identificar as experiências de vulnerabilidade desta população. Verificou-se que as mulheres trans trabalhadoras do sexo são frequentemente alvo de insultos verbais, ameaças, intimidações, assaltos, roubos, agressões físicas, sequestros, tentativas de abuso sexual, violações e, inclusive, homicídios. Estes atos violam gravemente os direitos humanos consagrados internacionalmente, pelo que se alerta para a necessidade dos governos desenvolverem medidas e políticas públicas que visem a sua promoção e proteção.

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