O envelhecimento é um dos principais desafios para as sociedades do século XXI e, mais especificamente, para as organizações, tendo impacto na mão-de-obra das empresas, que se traduz numa população cada vez mais envelhecida. A preocupação das organizações consiste na adaptação dos locais de trabalho a cada indivíduo, possibilitando uma maior retenção dos trabalhadores mais velhos no mercado de trabalho e uma transição para a reforma bem-sucedida. A presente investigação procura compreender os fatores determinantes de atitudes positivas face à reforma e da vontade de permanecer no local de trabalho até ou para além da idade legal da reforma, sensibilizando as organizações para o fenómeno do envelhecimento. No decorrer do estudo, foram medidos diversos fatores relacionados com a decisão de reforma, como a remuneração, o estado de saúde, os fatores organizacionais e as condições de trabalho, bem como as suas relações com as expectativas e com as intenções de reforma. Sendo uma área ainda escassa ao nível da investigação, o presente estudo apresenta-se como um contributo à compreensão dos mecanismos de passagem à reforma, já que os resultados mostram que os aspetos medidos (remuneração, condições de trabalho e saúde) desempenham um papel importante quer nas expectativas quer nas intenções de reforma.

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