Num estudo com 66 professores, analisámos a relação existente entre a perceção de conflito trabalho-família e o bem-estar do indivíduo numa base diária. Baseando-nos na teoria da conservação dos recursos (Hobfoll, 1989, 2002) hipotetizámos que o nível diário de conflito trabalho-família sentido diminuiria os recursos do indivíduo, o que, por sua vez, afetaria negativamente o seu bem-estar. Os professores que participaram no estudo preencheram questionários diários durante uma semana de trabalho, tendo sido as variáveis em análise medidas com escalas previamente validadas na literatura. Os resultados mostraram que o conflito trabalho-família sentido diariamente está associado à diminuição do bem-estar do indivíduo. Para além disso, os resultados indicam que o efeito do conflito trabalho-família no bem-estar é explicado pela diminuição dos recursos do indivíduo. Os nossos resultados sugerem então que a depleção de recursos é um mecanismo explicativo do impacto negativo do conflito trabalho-família no bem-estar dos indivíduos. As limitações do estudo, bem como as implicações teóricas e práticas dos resultados encontrados e as sugestões para pesquisas futuras são discutidas.

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conflito trabalho-família; bem-estar; Teoria da conservação dos recursos; professores